Como funciona o tempo para funcionamento de um rim transplantado?
Quanto tempo demora para um rim transplantado começar a funcionar de maneira completa no organismo? Saiba aqui!
O conhecido apresentador Fausto Silva, popularmente conhecido como Faustão, ainda encontra-se internado no Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo. Faustão teve que realizar um transplante de rim, e segundo notas divulgadas por sua equipe na quinta-feira (14), o novo rim ainda não iniciou seu funcionamento. Além disso, o comunicador precisou passar por um processo chamado embolização para solucionar “questões linfáticas” que podem estar atrasando o funcionamento do órgão.
Média de tempo para atividade
Elias David Neto, nefrologista do Hospital Sírio-Libanês, declarou que um rim transplantado proveniente de um doador já falecido — o que foi o caso de Faustão— geralmente leva de 7 a 10 dias para começar a funcionar de forma adequada. Contudo, este período pode se estender quando o paciente já passou por um transplante de coração, circunstância vivenciada por Faustão em agosto de 2023. Segundo o médico, esses casos precisam de avaliações específicas.
Por que o rim de um doador falecido pode demorar a funcionar?
Essa demora pode ocorrer devido ao período que o órgão fica “fora do corpo”, conhecido como “isquemia fria”. Durante esta fase, o órgão é mantido em uma caixa térmica para preservar a temperatura adequeada, junto a conservantes, até o momento do transplante. Este fator é especialmente relevante quando o órgão vem de um doador falecido, segundo explicou a nefrologista Luiza Ferrari, do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Processo de embolização
Faustão passou também por um procedimento denominado embolização, com o propósito de resolver questões linfáticas que poderiam estar interferindo na recuperação do apresentador após o transplante. Embolização é um procedimento minimamente invasivo onde é inserido um cateter em um vaso sanguíneo ou linfático, com o objetivo de interromper o fluxo de sangue ou de linfa de um local do corpo de maneira proposital.
Recuperação após embolização
Nos casos de transplante de rim, a embolização é fundamental para desobstruir o conteúdo linfático que pode estar prejudicando o funcionamento do órgão, de acordo com a doutora Ferrari. Portanto, o processo de embolização deve contribuir na recuperação de Faustão após o transplante e facilitar o funcionamento adequado do novo rim.
Ainda não há previsão para a alta do apresentador, sendo necessária a redução do valor da creatinina nos exames laboratoriais e normalização do ultrassom do novo órgão para que isso ocorra.
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