Greve dos professores em São Paulo
Professores da rede municipal de São Paulo entram em greve por aumento salarial e melhores condições de trabalho
Os professores da rede municipal de ensino de São Paulo iniciaram uma greve, nesta quinta-feira, 14, para reivindicar um aumento salarial e melhorias na progressão de carreira, além de condições de trabalho mais adequadas. A prefeitura propôs um reajuste de 2,16% no piso salarial da categoria.
De acordo com os sindicatos, cerca de 20% dos professores aderiram à greve. A rede municipal conta com aproximadamente 72 mil docentes, responsáveis por mais de 741 mil alunos.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a prefeitura afirma que a paralisação atinge apenas 3% das cerca de 1.500 escolas da cidade.
Reivindicações dos professores
Além do reajuste salarial, os professores também defendem o fim do pagamento por subsídio. Atualmente, aqueles que recebem acima do piso salarial têm valores adicionais pagos através desse regime, o que significa que esses valores não são incorporados aos salários ou utilizados para calcular a aposentadoria.
Uma das principais reivindicações dos professores é que 39% do valor atualmente pago como abono complementar ao piso seja incorporado aos salários.
Além das questões salariais, os professores também reivindicam melhores condições de trabalho, especialmente no que diz respeito à educação especial para alunos com deficiência. Segundo os profissionais, as escolas estão enfrentando um aumento no número de crianças diagnosticadas com transtornos, mas não recebem o suporte necessário para lidar com essa nova realidade.
Professores realocados
Um levantamento realizado pelos sindicatos, com base em dados da secretaria municipal, revela que aproximadamente 8.000 professores da rede municipal, o equivalente a 11%, estão trabalhando como readaptados nas escolas.
Essa é a condição de docentes que são realocados para um novo cargo, geralmente na área administrativa, devido a limitações adquiridas por problemas de saúde.
O que diz a prefeitura
Em nota, ao jornal paulistano, a Prefeitura de São Paulo informou que propôs um reajuste de 2,16% para todos os servidores municipais, considerando a inflação medida no período de maio/2023 e fevereiro/2024, incluindo também o vale-alimentação e o auxílio-refeição.
Para os professores que recebem o piso salarial, a proposta da prefeitura foi de 3,62%. A gestão de Nunes também propôs antecipar a data de pagamento do Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) destinado à área da educação.
A respeito das reivindicações dos professores por melhores condições de trabalho, especialmente na educação especial, a prefeitura não se manifestou. A nota apenas destaca que mantém diálogo constante com representantes das entidades sindicais para ouvir suas pautas e que todos os pleitos são respondidos nas mesas de negociação.
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