Patrimônio histórico de São Luís em risco por desgaste temporal
Descubra a urgente necessidade de restauração do patrimônio histórico em São Luís, como as antigas igrejas de São João Batista e Nossa Senhora de Santana
Em São Luís do Maranhão, a ação do tempo tem causado sérias ameaças ao patrimônio histórico da cidade. Duas das mais antigas igrejas da cidade, a Igreja de São João Batista e a Igreja de Nossa Senhora de Santana, têm sofrido cada vez mais com a falta de manutenção, apresentando risco aos fiéis que frequentam os templos.
Séculos de História em Deterioração
Originais do século de 17 e 18, as igrejas se apresentam em um estado crítico de deterioração. A última vez que a Igreja de São João Batista, situada no Centro Histórico da capital, passou por uma reforma foi há noventa anos. A despeito dos horários de missas estarem sendo mantidos durante a semana, os frequentadores temem pela segurança do local e demandam urgentemente por reformas na estrutura.
AÇÕES URGENTES NECESSÁRIAS
Como explicado pelo padre Antônio José, a Igreja de São João Batista, construída em 1665, foi erguida com materiais rudimentares, como barro, e não suporta mais a espera por uma nova reforma. Problemas como a queda do reboco externo, causada pela chuva, têm danificado a estética do templo e destruído as marcas do período colonial.
Valdinete Texeira, uma advogada que frequenta a igreja, revelou que pedaços da edificação que caíram já quase causaram acidentes sérios. Ela contou que as constantes orações para que a reforma aconteça são motivadas pelo medo de que alguém se machuque.
Outros Templos em Risco
A Igreja de Nossa Senhora de Santana, construída em 1790 na Rua de Santana em São Luís, é outro templo que sofre com a ação do tempo. Várias partes do prédio apresentam danos e avarias, percebidos até mesmo na fachada da igreja. Devido à umidade, foram formados resíduos de lodo na parte superior, tornando a igreja esteticamente desagradável.
Esperança de Restauração
As Igrejas de Santana e São João Batista tiveram seus recursos aprovados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para recuperação em 2024. A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, Lena Brandão, informou que a licitação para início das obras deve ocorrer no primeiro semestre de 2024. Os serviços de reforma serão executados pelo governo do Maranhão em parceria com a Universidade Federal do Maranhão e a Fundação Sousândrade.
Preservar o patrimônio histórico é preservar a própria história e identidade de uma cidade. É urgente que ações sejam tomadas para proteger e restaurar estes templos, garantindo sua sustentabilidade para as futuras gerações.
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