Crusoé: Eleições em Portugal tornam Chega o fiel da balança
Coalizão do PSD não terá maioria sem partido; esquerda reconhece perda do governo e fala que é momento de liderar oposição em Portugal
Os primeiros resultados das eleições parlamentares de Portugal, registradas neste domingo, 10, mostram que nenhum partido ou coalizão conseguiu maioria para governar sozinho. Desta maneira, com o resultado previsto pelas pesquisas, o protagonismo será do Chega, partido de direita com viés anti-imigração e de discurso populista, que cresce novamente e terá a terceira maior bancada do país.
Com 80% das urnas apuradas, às 21h de Lisboa (18h em Brasília), a Aliança Democrática (comandada pelo PSD, de direita), tem 32,2% dos votos. O Partido Socialista, de esquerda — e cujo escândalo de corrupção, em novembro, desencadeou a nova eleição — tem 28,7%. O Chega, partido comandado por André Ventura, tem 19,2% dos votos em Portugal.
Tendo estes resultados, até o momento, a AD tem 20 cadeiras, o Partido Socialista 19, e o Chega nove cadeiras. O partido de esquerda também não conseguiria formar um bloco de maioria, apelidado pelos portugueses de “Geringonça”, já que o Bloco de Esquerda, a Coligação Democrática Unitária (CDU) e o Livre tem menos de 4% dos votos.
O líder dos Socialistas, Manuel Alegre, não descartou nenhum cenário — mas disse que a legenda deve “preparar-se para ser oposição e para liderar a oposição e para criar uma alternativa para as próximas eleições.”
Mas André Ventura (foto), o líder do Chega, já canta vitória em Portugal. Ao chegar à sede da sua campanha, em Lisboa, ele afirmou à imprensa portuguesa que “A AD pediu uma maioria, os portugueses disseram-lhe que essa maioria é da AD e do Chega”. Para ele, não haver uma união entre a maior bancada e seu partido seria uma “irresponsabilidade”.
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