O impopular presidente da Comissão de Educação
Quase metade dos deputados do grupo negou-se a votar em Nikolas Ferreira. Nome do PL presidirá comissão estratégica
Nikolas Ferreira (PL-MG) é, ao menos nos últimos dez anos, o presidente mais impopular da Comissão de Educação da Câmara. O parlamentar — integrante da tropa de choque bolsonarista no Congresso — foi eleito com 22 dos 39 votos do grupo, ou 59,5% dos votos.
O levantamento foi feito pela Folha. Outros 17 votaram em branco, para evitar se envolver na escolha do nome bolsonarista à Comissão de Educação. Kim Kataguiri (União-SP), eleito em 2022, teve cerca de 70% dos votos, na segunda pior votação.
A chegada de Nikolas à presidência da Comissão, junto com a eleição de Caroline de Toni (PL-SC) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) abriu uma rebelião entre o governo e a Câmara dos Deputados. Gleisi Hoffman (PT-PR), a presidente nacional do partido, colocou o resultado nas costas de Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Casa. A deputada Tábata Amaral (PSB-SP) chamou a votação de “escanteamento” da pauta.
E Nikolas, em um comunicado, já deixou claro quais serão suas intenções no comando da pauta “Neste ano de presidência, debateremos assuntos importantes e complexos como: Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica, homeschooling, projetos que promovam uma educação que respeite a vida e a dignidade humana desde a concepção, dentre diversos outros temas que são importantes para a Educação em nosso país“, escreveu.
Mesmo nunca mais pedidos de cassação apresentados contra si do que projetos sobre Educação em seu mandato, Nikolas Ferreira disse saber da importância da valorização dos professores e a necessidade de melhorias na educação básica porque “sou oriundo da escola pública”.
Ele ainda garantiu que as relatorias serão divididas pela proporcionalidade da comissão e a pauta será definida por consenso, “diferentemente do que vivi como titular na Comissão de Direitos Humanos, sob a presidência de uma Deputada do PT, que não respeitava os partidos de oposição, não designava relatorias e não debatia a pauta da comissão com todos os pares.”
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