Moraes barra Bolsonaro de eventos militares nos 60 anos do golpe
Com a decisão, além de Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sergio Nogueira estão proibidos de frequentar cerimônias
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição de Jair Bolsonaro (PL) de ir a eventos das Forças Armadas no aniversário de 60 anos do golpe militar, em 31 de março.
O despacho é desta quinta-feira, 7 de março, e foi primeiro noticiado pela Folha de S. Paulo, nesta sexta, 8.
Quem está envolvido na proibição?
Com a decisão, além de Bolsonaro, os militares ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sergio Nogueira estão proibidos de frequentar “cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares”.
Todos são investigados sob suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022.
Moraes estipulou uma multa diária de R$ 20 mil para os infratores.
Tarcísio no PL?
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convidou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para se filiar ao Partido Liberal (PL). Conforme apurou O Antagonista, o convite conta com o aval do presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto.
Eleito em 2022 para o governo paulista com o apoio do ex-presidente, Tarcísio de Freitas se filiou ao Republicanos em uma costura para que o partido apoiasse formalmente Bolsonaro naquela disputa presidencial. À época, o apoio do partido ampliaria o tempo de propaganda no rádio e TV para a coligação de Bolsonaro.
Agora, no entanto, Bolsonaro tem demonstrado desconforto com a aproximação do presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), com o governo Lula (PT). Pereira tenta viabilizar sua candidatura na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara no ano que vem com o aval do Palácio do Planalto.
A expectativa é de que Tarcísio faça a mudança de partido ainda nesta janela partidária, iniciada a partir do dia 7 de março. Durante a manifestação do último dia 25 de fevereiro, convocada pelo ex-presidente, o governador paulista agradeceu publicamente Bolsonaro.
“Quem eu era? Eu não era ninguém. E o presidente [Bolsonaro] apostou em pessoas como eu, como tantos outros que surgiram e tiveram posição de destaque porque ele acreditou”, disse.
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