Profissionais da Abin defendem civil no comando da Inteligência
Nota de entidade que representa profissionais da Abin cobra novo arcabouço normativo para a Inteligência de Estado.
Profissionais de Inteligência divulgaram uma nota em que defendem a permanência de um civil no comando da Abin.
“Confiar o órgão a outras categorias submete a atividade a lógicas que se demostraram inadequadas. As gestões dos delegados Paulo Lacerda e Alexandre Ramagem deixaram grave herança de crises e desconfiança por alegados desvios de atribuição. Nosso país precisa aprender com a própria história. A ABIN não deve ser objeto de disputa entre burocracias do Estado brasileiro”, afirma a documento divulgado pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Agência Brasileira de Inteligência.
A nota também cobra a criação de um novo arcabouço normativo para a Inteligência de Estado. A discussão deste assunto se arrasta no Congresso.
Confira a íntegra da nota:
Órgãos de imprensa têm reportado possível mudança na Direção Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Reafirmamos nosso posicionamento histórico de que a Agência deve permanecer sob comando civil e ser dirigida por profissionais de inteligência de seus quadros.
Confiar o órgão a outras categorias submete a atividade a lógicas que se demostraram inadequadas. As gestões dos delegados Paulo Lacerda e Alexandre Ramagem deixaram grave herança de crises e desconfiança por alegados desvios de atribuição.
Nosso país precisa aprender com a própria história. A ABIN não deve ser objeto de disputa entre burocracias do Estado brasileiro.
Na semana da mulher, recordamos que a Agência Brasileira de Inteligência já foi dirigida por uma profissional de inteligência – o Brasil foi um dos pioneiros nesse sentido, tendo sido seguido anos depois por outros serviços no mundo: Itália, Canadá, Austrália, EUA.
Temos muitas servidoras experientes e aptas a dirigir a Agência neste momento de reconstrução da Atividade de Inteligência.
A INTELIS | União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN, representante única e legítima de todo o corpo funcional da Agência, se coloca à disposição para discutir sobre o premente e necessário debate em torno da criação de novo arcabouço normativo para a Inteligência de Estado, reafirmando o compromisso de todos os nossos servidores com o Estado Democrático de Direito e os valores expressos na Constituição da República.
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