Quase 300 crianças sequestradas em escola na Nigéria
Os sequestradores abriram fogo indiscriminadamente antes de arrastar as crianças para uma área de mata densa e sumir
Mais de 280 alunos foram sequestrados por homens fortemente armados em uma escola pública na cidade de Kuriga, Nigéria. É o segundo caso registrado em menos de uma semana.
Este incidente, ocorrido na manhã desta quinta-feira, 7, marca uma das operações criminosas mais chocantes no país perpetradas por radicais islâmicos que se opõem à escolarização das crianças ou que simplesmente buscar faturar cobrando resgate, lançando famílias e comunidades em desespero.
O ataque ocorreu no estado de Kaduna, noroeste da Nigéria. O número preciso de estudantes sequestrados permanece incerto, mas é estimado em quase 300. Familiares e professores se lançaram na dolorosa tarefa de compilar os nomes dos alunos desaparecidos.
Os sequestradores armados abriram fogo indiscriminadamente antes de arrastar os reféns para uma área de mata densa e sumir. Ainda que alguns tenham conseguido escapar, a comunidade escolar e as famílias afetadas clamam por ação urgente das autoridades, em meio a informações escassas. Até o momento desta reportagem, nenhum grupo assumiu o crime.
Este incidente é o mais recente de uma série de sequestros em massa que têm assolado o país mais populoso da África, com escolas, especialmente em zonas rurais do noroeste, sendo alvos frequentes de grupos terroristas. Tais atos bárbaros, inicialmente associados ao grupo fundamentalista Boko Haram, têm se multiplicado, perpetrados por outras facções em busca de resgates.
A resposta das autoridades, lideradas pelo governador do estado de Kaduna, Uba Sani, e o presidente Bola Tinubu, enfatiza a determinação em não abandonar nenhuma das crianças sequestradas. A persistência de tais crimes destaca a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger os estabelecimentos educacionais e garantir a segurança dos estudantes.
Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, ecoam o apelo por proteção mais rigorosa às escolas, reiterando que o direito à educação não deveria implicar um risco à vida. Enquanto isso, a Nigéria enfrenta desafios que vão desde a violência extremista ao desemprego e crises econômicas.
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