Kits de churrasco para lavar dinheiro do jogo do bicho
O bicheiro Bernardo Bello Pimentel Barboza foi um dos alvos da Operação Ás de Ouro 3, deflagrada na quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro
O bicheiro Bernardo Bello Barboza, que foi alvo da Operação Ás de Ouro 3 na quinta-feira, 7, no Rio de Janeiro, é investigado por lavar dinheiro do jogo do bicho com a venda de itens para churrasco, como pão de alho, carvão e picanha, e gasolina, registrou o G1.
Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a empresa de Bernardo Bello faturava cerca de 1,2 milhão de reais por mês.
Em cinco anos, ele movimentou mais de 22 milhões de reais com a venda de itens de churrasco. Os valores, de acordo com os relatórios financeiros da polícia, eram superfaturados e ajudavam o bicheiro a justificar seus ganhos com atividades ilícitas.
Diversidade nos negócios
Além da venda de kits para churrasco, o grupo de Bernardo Bello também utilizava um posto de gasolina em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para lavar o dinheiro do jogo do bicho.
O estabelecimento faturou quase 30 milhões de reais em apenas oito meses, renda equivalente a 3 milhões de reais por mês.
As investigações apontam ainda o uso de uma loja de roupas em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, para movimentar 70 milhões de reais em sete meses. O faturamento da empresa Rosabaya Comércio de Roupas e Acessórios, aberta com um capital social de 100 mil reais por um laranja de Bernardo, chamou atenção por apresentar o faturamento elevado durante a pandemia, em 2021.
Ás de Ouro 3
Com cinco mandados de prisão expedidos contra ele, o bicheiro Bernardo Bello foi o principal alvo da terceira fase da Operação Ás de Ouro, deflagrada na quinta, 7, pela Polícia Civil e pelo MPRJ.
Os agentes foram às ruas para cumprir oito mandados de prisão, mas cinco alvos já estavam encarcerados.
Bernardo Bello e os demais são acusados de envolvimento no atentado ao advogado Carlos Daniel Ferreira Dias, em maio de 2022, em Niterói.
Além do bicheiro, que está foragido, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda tenta localizar o ex-policial militar Marcelo Sarmento Mendes, o Repolhão, e seu filho, Diego Braz dos Santos.
Expedidos pela 2ª Vara Criminal Especializada da capital, os mandados foram cumpridos em São João de Meriti, Nova Iguaçu e no Rio.
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