Produção industrial no Brasil tem maior queda desde abril de 2021
A indústria brasileira ainda se encontra abaixo do patamar pré-pandemia em 0,8% e está 17,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011
A produção da indústria brasileira apresentou um recuo significativo de 1,6% em janeiro de 2024 na comparação com dezembro de 2023, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal divulgada, nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa a maior queda desde abril de 2021, quando houve uma regressão de 1,9%.
A indústria brasileira ainda se encontra abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) em 0,8% e está 17,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
A média móvel trimestral variou 0,2% no trimestre encerrado em janeiro. Esse resultado indica uma tendência predominantemente ascendente desde fevereiro de 2023. Os setores produtores de bens de consumo duráveis 1,5%, bens de capital 1,0% e bens intermediários 0,3% foram os que apresentaram crescimento nessa métrica.
De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, apesar da queda em janeiro deste ano, é possível observar um perfil disseminado de taxas positivas na indústria brasileira. Dos 25 ramos industriais pesquisados, 18 apresentaram taxas positivas, o que indica que poucos setores influenciaram o resultado final do mês.
Destaques negativos e positivos
No total, duas das quatro grandes categorias econômicas e seis dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram redução na produção.
Os destaques negativos ficaram por conta das indústrias extrativas, com uma queda de 6,3%, e dos produtos alimentícios, com uma queda de 5%. A indústria extrativa foi pressionada pela menor extração de petróleo e minério de ferro, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção. Já a redução na fabricação de açúcar foi a principal influência negativa para os produtos alimentícios, eliminando parte da expansão acumulada de 11,3% no período entre julho e dezembro.
Além disso, outras contribuições negativas vieram da confecção de artigos do vestuário e acessórios -6,4% e dos produtos têxteis -4,2%.
Por outro lado, entre as atividades que apresentaram expansão na produção, destacam-se os produtos químicos, com um aumento de 7,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com uma alta de 13,7%, veículos automotores, reboques e carrocerias, com um crescimento de 4%, e máquinas e equipamentos, com um aumento de 6,4%.
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