“A guerra retornou ao solo Europeu”, diz Emmanuel Macron
"Quem lançou a guerra na Ucrânia? Vladimir Putin. Quem nos ameaça, façamos o que dissermos, com armas nucleares? Presidente Putin", discursou Macron em Praga
Durante uma conferência de imprensa em Praga, Emmanuel Macron reconheceu, nesta terça-feira, 5 de março, ter apelado a um “salto estratégico” ao evocar a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, alertando contra o “espírito de derrota”, “que espreita.”
“É a nossa guerra ou não é a nossa guerra? Podemos virar as costas, considerar que as coisas podem continuar a se desenrolar como estão? Acho que não, e portanto foi um salto estratégico que eu apelei e que assumo plenamente. Precisamos ser lúcidos sobre a realidade da situação que se passa na Europa”
“A guerra retorna ao solo europeu”, declarou o chefe de Estado francês, afirmando que a “clareza” das suas palavras era “o de que a Europa precisava”.
Ao lado do presidente checo, Petr Pavel, Emmanuel Macron considerou também que a iniciativa de Praga de comprar munições fora da União Europeia para apoiar a Ucrânia foi “extremamente útil”.
Emmanuel Macron, afirmou que, face as ameaças, é preciso estar à altura da história, “não ser covarde”:
“Estamos certamente nos aproximando de um momento na nossa Europa em que será apropriado não ser covarde. Nunca queremos ver as tragédias que se avizinham, nunca queremos ver o que está acontecendo e acredito que os nossos dois países estão conscientes do que está acontecendo na Europa, do fato de a guerra ter regressado ao nosso solo, de que as potências que se tornaram imparáveis estão expandindo a ameaça a cada dia, atacando-nos ainda mais. Teremos que estar à altura da história e da coragem que ela implica”, discursou o presidente francês.
Macron também citou nominalmente o ditador russo em seu discurso:
“Quem lançou a guerra na Ucrânia? Vladimir Putin. Quem nos ameaça, façamos o que dissermos, com armas nucleares? Presidente Putin. […] Se todos os dias explicamos quais são os nossos limites diante de alguém que não os tem e lançou esta guerra, já posso dizer que o espírito de derrota está à espreita. Não entre nós.”
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