Agamenon: Lula na cadeia
Os militantes do MST – Movimento dos Sem Teta – marcharam em Brasília imobilizando toda a população num engarrafamento quilométrico. Parecia um monte de flanelinhas de esquerda numa difícil manobra política. Mais pra esquerda! Mais pra esquerda! Agora “desfaiz”...
Os militantes do MST – Movimento dos Sem Teta – marcharam em Brasília imobilizando toda a população num engarrafamento quilométrico. Parecia um monte de flanelinhas de esquerda numa difícil manobra política. Mais pra esquerda! Mais pra esquerda! Agora “desfaiz”, “desfaiz”! Isso! Tá bom!! Aí tá bom! Deixa solto (o Lula no caso).
O povão ficou horas engarrafado no trânsito atrás do protesto do MST, tal e qual a entidade umbandense Tranca Rua. Resultado: todo mundo chegou atrasado ao serviço público fuderal. Mal deu tempo para bater o ponto, pendurar o paletó na cadeira, sair para almoçar e voltar três horas de depois. Se fosse no tempo do PT, seria ponto facultativo.
Aquelas bandeiras vermelhas tremulantes no planalto central exigem que o “presodenciável” Luiz Falácio Lula da Silva concorra à eleição. Eles têm razão, afinal o Lula já está preso, o que não deixa de ser uma vantagem frente aos outros postulantes. Sem esquecer que Lula na cadeia não precisa de auxílio moradia.
Eu, Agamenon Mendes Pedreira, estou com o Lula e não abro. Afinal sou um homem de esquerda: nunca fiz nada direito. Uma vez eleito Lula, volta ao poder nos braços do povo e poderá, finalmente, criar a Ursal, União das Repúblicas Socialistas da América Latina.
Nem Marx, nem Lenin, nem Stalin, Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Enver Hohxa ou o Cabo Daciolo, nos seus delírios mais delirantes, iriam pensar em fundar uma República Socialista na América Latina. E a grande vantagem é que não tem a menor possibilidade de dar certo, mas, em compensação, vai acabar o desemprego no Brasil. Imaginem a quantidade de gente que vai precisar para o Soviete Supremo, o Secretariado Político, o Pleno dos Sovietes Latino-Americanos, a Juventude Latinista, o Komintern…
Sem falar na KGB sob a direção do Joseph Dirceu. Os Gulag, campos de reeducação política, ficarão localizados no interior do Piauí, a Sibéria brasileira, e as clínicas psiquiátricas cuidarão da saúde mental e física dos dissidentes em 110 e 220 V.
Vamos unir, através do Socialismo Redentor do lulismo, toda a América Latina, do Atlântico ao Pacífico, da Patagônia à fronteira do Rio Grande, no México, onde vamos construir um gigantesco muro higiênico para nos separar do nefasto capitalismo imperialista norte-americano.
A Nicarágua, a Guatemala, a Venezuela, o Peru e a Bolívia já estão irmanados na construção dessa nova civilização superior, que vai transformar a sociedade humana, acabando de uma vez por todas com a exploração do homem pelo homem e da lhama pela lhama.
Brasília será por direito a capital deste país continente, mas mudando o nome para Lulogrado.
O Socialismo vai funcionar de segunda a sexta, das nove às cinco da tarde, com duas horas para almoço. Folga todo fim de semana. Todo mundo será funcionário público, com direito à aposentadoria integral com 25 anos de idade ou 15 dias de serviço, o que for menor, contando os 9 meses de vida intrauterina. Ainda vai ter auxílio moradia, auxílio doença, bolsa família, bolsa presidiário e bolsa corrupto, sem esquecer os direitos adquiridos de quinquênio, biênio e licença-prêmio a cada dois meses de serviço. E o mais importante: o programa de inclusão social Minha Dacha Minha vida.
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