General Freire Gomes presta depoimento de oito horas à PF
Freire Gomes era o comandante do Exército em 2022, quando, segundo a PF, houve a tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder
O depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes (foto) à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 1º de março, terminou depois das 22h, durando quase oito horas.
Ele respondeu a todas as perguntas, segundo o Estadão.
Freire Gomes era o comandante do Exército em 2022, quando houve a suposta tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder apesar da derrota nas eleições daquele ano.
Relatório da PF aponta que o general não aderiu à ideia de uma tentativa de golpe de Estado e foi chamado de “cagão” pelo general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa e da Casa Civil, e vice de Bolsonaro na disputa pela reeleição.
Em depoimento à PF na semana passada, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira confirmou que se reuniu com o ex-presidente em 9 de dezembro de 2022 a pedido do então comandante Freire Gomes.
A PF diz que, nesse encontro, no Palácio da Alvorada, foi discutido um plano de golpe de Estado. Teophilo, na época à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter), seria o responsável por acionar militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, para a concretização do golpe, com prisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
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