Dengue, a Covid do governo Lula
Até o momento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ainda não conseguiu dar uma explicação plausível para o aumento do número de casos
A epidemia de dengue no Brasil se transformou na pandemia de Covid do governo Lula. Até o momento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ainda não conseguiu dar uma explicação plausível para o aumento descomunal do número de casos da doença no ano de 2024.
Segundo dados do próprio governo federal, foram registrados no país mais de 1 milhão de casos apenas em janeiro e fevereiro. Os dados são do próprio Ministério da Saúde. No mesmo período do ano passado, o Brasil tinha registrado 207 mil casos – quase cinco vezes menos. Simplesmente inacreditável.
Em oito semanas, 214 mortes por dengue já foram confirmadas no país e outros 687 casos seguem sob investigação. De novo, traçando um paralelo com 2023, no mesmo período haviam sido registrados 149 óbitos.
Centrão de olho
No Palácio do Planalto, já há quem se preocupe com a situação. O Centrão, obviamente, está de olho na crise e (sobretudo) na cadeira de Nísia Trindade, ministra da cota pessoal de Lula que desde o início do governo tem sido criticada pela falta de diálogo com deputados e senadores. O receio dos aliados de Lula é que o petista sofra um desgaste tão grande quanto Jair Bolsonaro – que, na época, foi engolido pela oposição pela forma beligerante como ele lidou com a Covid.
Tal qual Jair Bolsonaro, o governo Lula, aos poucos, jogou a responsabilidade pela epidemia de dengue no colo dos astros. Ou, mais especificamente, das mudanças climáticas.
“A gente já tem uma avaliação de que é possível que nós venhamos a ter o dobro de casos do ano passado, por esse histórico de já haver um aumento em 2023 e também destes dois fatores: mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo de dengue”, disse essa semana a ministra da Saúde.
Responsabilidade
Independentemente de mudanças climáticas ou alteração de um sorotipo da dengue, o fato é que o país sofre com as consequências de um apagão preventivo. E isso – por mais que o Ministério da Saúde entenda que não – é de total responsabilidade do governo federal, em parceria com Estados e municípios.
Dengue se combate com campanha educativa e ações para se reduzir a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.
A fórmula está aí. Não há segredo nem mistérios como na época da Covid. Basta falar menos e agir mais.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)