Papa Francisco condena ideologia de gênero
Pontífice falou sobre a "ideologia ruim do nosso tempo" que "cancela a humanidade"
Nesta sexta, 1, o Papa Francisco expressou sua preocupação com a teoria de gênero na abertura da conferência “Homem-Mulher, imagem de Deus. Por uma antropologia das vocações”, promovida pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações (CRAV).
A conferência, que ocorre nos dias 1 e 2 de março, reúne estudiosos, filósofos, teólogos e pedagogos para discutir a antropologia cristã e o futuro do cristianismo. O Papa fez questão de sublinhar a importância do encontro entre homens e mulheres, criticando a ideologia de gênero por anular as diferenças e “cancelar a humanidade“.
Em seu pronunciamento, relembrou a leitura de “O Senhor do Mundo”, de Robert Hugh Benson, um romance profético que antecipa a tendência de cancelar todas as diferenças, e destacou a necessidade de estudos sobre essa “ideologia ruim do nosso tempo”.
No discurso, preparado e lido pelo secretário de estado do Vaticano, Dom Filippo Ciampanelli, o Papa destacou a dimensão antropológica de cada vocação, enfatizando que “a vida do ser humano é uma vocação”.
O pontífice salientou a importância de cada pessoa descobrir e expressar-se como um chamado, compartilhando seu ser e seus dons para o bem comum. Francisco reiterou a ideia de que cada um de nós existe e vive em relação a outros, ao mundo e a Deus, e que nossa existência não é fruto do acaso, mas parte de um plano de amor.
O Papa também comentou sobre a tendência cultural de reduzir o ser humano às suas necessidades materiais, esquecendo ou obscurecendo a verdade antropológica de que somos chamados à felicidade, à plenitude da vida. Ele encorajou todos a não sufocar a “saudável tensão interior” que nos leva a buscar algo maior, destacando a missão de cada um em contribuir para a melhoria do mundo e a formação da sociedade.
Francisco concluiu sua fala desejando um bom trabalho aos participantes e incentivando-os a seguir em frente com coragem, discernimento e um senso de humor, sem perder a fidelidade ao caminho a que Deus nos destina.
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