Lula acoberta incompetência doméstica com insultos internacionais Lula acoberta incompetência doméstica com insultos internacionais
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Lula acoberta incompetência doméstica com insultos internacionais

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Felipe Moura Brasil
4 minutos de leitura 29.02.2024 12:53 comentários
Análise

Lula acoberta incompetência doméstica com insultos internacionais

Lula se faz de sonso porque sentiu. Sentiu a repercussão negativa, no mundo democrático, da fala original que colocou em risco a comunidade judaica brasileira

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Lula acoberta incompetência doméstica com insultos internacionais
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O cinismo de Lula (à esquerda na foto) e Bolsonaro aumenta quando eles se sentem acuados, assim como o culto ao cinismo por parte de seus apoiadores mais fiéis.

Em matéria de fazer-se de sonso, Bolsonaro havia colocado o sarrafo lá em cima, quando teve de responder sobre as próprias falas em vídeo de reunião ministerial, na qual o então presidente reclamava dos órgãos que não lhe davam acesso total a informações sigilosas.

Ele dizia:

“Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações… Quem é que nunca ficou atrás da porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha tá comentando?”

Quando foi questionado por um repórter sobre a referência à Polícia Federal, que ele havia negado antes da divulgação, Bolsonaro corrigiu, dizendo que havia falado “PF”, como se não fosse a mesma coisa. Como se fosse prato feito.

Holocausto

Agora, Lula usa artifício semelhante para fingir que não falou o que falou sobre o Holocausto.

Em coletiva na Etiópia, ele havia dito:

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. Na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio.”

Em entrevista na TV ao seu ex-assessor de imprensa e eterno blogueiro camarada, que já me processou e perdeu, Lula disse:

“Primeiro que eu não utilizei nem a palavra holocausto. Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel.”

Fuhrer petista

Assim como PF é Polícia Federal, o extermínio de judeus por Hitler, citado por Lula na frase “quando Hitler resolveu matar os judeus”, é o Holocausto. Foi pelo holocausto que o Fuhrer da Alemanha nazista ficou conhecido, como sabe muito bem o Fuhrer petista, que ainda acusou os outros do método que ele próprio utiliza: “ou seja, você inventa determinadas mentiras e passa a trabalhá-las como se fossem verdade”.

Lula se faz de sonso porque sentiu. Sentiu a repercussão negativa, no mundo democrático, da fala original que colocou em risco a comunidade judaica brasileira. Sentiu a força da manifestação bolsonarista na Av. Paulista, turbinada, como se viu pelas bandeiras de Israel, pelo seu antissemitismo. Sentiu que precisava mudar a narrativa, mas, como presidente mimado, não quis se retratar para não dar o braço a torcer.

Depois, ainda fez uma postagem cheia de malabarismos, arrogando-se o papel de cobrador dos países ricos contra a fome, embora não combata, no Brasil, nem a fome do povo yanomami, que perdeu 363 indivíduos no primeiro ano de seu governo (20 a mais que em 2022); nem a dengue, que matou 1.079 pessoas em 2023, batendo um recorde no país. Isto sem falar nos 40.464 assassinatos no mesmo ano, número maior que os do Hamas sobre Gaza.

Crimes de guerra

Enquanto um militar das tropas de Vladimir Putin admitia crimes de guerra contra ucranianos, o petista chamou de “guerra na Ucrânia” a invasão russa que trava o escoamento de grãos no Mar Negro, afetando a alimentação na África e no Oriente Médio, e se referiu novamente como “genocídio” à reação militar de Israel ao grupo terrorista e genocida que matou 1.200 pessoas em território israelense, sequestrou outras 239, mantém 134 em cativeiro e usa como escudos humanos os próprios palestinos, dos quais roubou bilhões de dólares para a construção de túneis subterrâneos para seus operadores e reféns.

Se as plataformas de redes sociais fossem remover todos os conteúdos “sabidamente inverídicos”, ou com ataques à democracia, discursos de ódio, racismo e difusão de ideologia nazista, conforme resolução aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral, as falas de Lula seriam fortes candidatas à remoção, não tivesse ele próprio indicado vários ministros do TSE.

Para desviar o foco de sua incompetência doméstica, Lula posa de defensor dos pobres e oprimidos do resto do mundo, enquanto afaga tiranos e ecoa terroristas que os oprimem e prejudicam.

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