Polícia prende grupo acusado de fraudar decisões judiciais
Em um dos casos, o grupo conseguiram transferir uma quantia de R$ 15 milhões da conta de um cliente já falecido para uma conta própria
Três indivíduos foram detidos pela Polícia Civil de São Paulo acusados de envolvimento em um esquema de fraudes em decisões judiciais com o objetivo de aplicar golpes milionários.
Segundo informações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os suspeitos possuíam acesso privilegiado ao sistema do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o que lhes permitia manipular instituições financeiras para transferir valores pertencentes a pessoas falecidas.
Em um dos casos, os criminosos conseguiram transferir a quantia de impressionantes R$ 15 milhões da conta de um cliente já falecido para uma conta bancária em nome de um dos envolvidos. As prisões ocorreram nas cidades de Jacareí e São José dos Campos, ambas localizadas no estado de São Paulo.
Como os criminosos agiam?
De acordo com as investigações, os golpistas demonstravam profundo conhecimento sobre a estrutura dos tribunais de justiça e chegaram a utilizar documentos falsos para concretizar suas ações fraudulentas. Um dos criminosos alegava ser filho de um juiz, enquanto o outro se apresentava como juiz substituto utilizando um nome falso.
Além disso, durante as apurações conduzidas pela 1ª Delegacia Patrimônio, foi descoberto que um dos suspeitos, através de documentação fraudada, havia estabelecido uma união estável com um promotor já falecido no Distrito Federal. Essa condição permitiria ao indivíduo receber pensão por morte.
Durante a operação policial, foram apreendidos diversos objetos de valor que indicam o enriquecimento ilícito dos criminosos. Entre os itens estão: quatro celulares, uma CPU, cinco pen drives, dois notebooks, 21 cartões bancários e dois veículos SUV. Além disso, foram encontrados 31 perfumes importados, nove relógios de grifes internacionais e outros itens de luxo, como óculos, tênis e bolsas.
O trio será acusado de associação criminosa, estelionato, uso de documento falso, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro. As investigações prosseguem para identificar se há envolvimento de outras pessoas nesse esquema criminoso e se existem mais vítimas das fraudes praticadas pelos golpistas.
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