Ataque pré-eleitoral à Agência de Segurança no Chade: Partido Socialista Sem Fronteiras acusado
Revelando detalhes do ataque mortal à Agência Nacional de Segurança no Chade, com o Partido Socialista Sem Fronteiras sendo acusado
No Chade, diversos indivíduos foram mortos em um ataque à sede da Agência Nacional de Segurança do país, de acordo com informações do governo. O Partido Socialista Sem Fronteiras (PSF) está sendo acusado pelo ocorrido e alguns membros já foram detidos. “A situação agora está completamente sob controle”, afirmou o governo. Entretanto, moradores da capital N’Djamena relataram ouvir disparos intensos na cidade na quarta-feira.
As próximas eleições marcarão o fim do governo de transição
O ataque ocorreu apenas algumas horas após o anúncio de que o Chade realizará a eleição presidencial em 6 de maio. “Qualquer um que pretenda perturbar o processo democrático em curso no país será processado e levado à justiça”, disse o governo na quarta-feira em um comunicado, conforme relatado pela AFP. Após o ataque, a conectividade à internet foi interrompida no Chade, de acordo com o observatório de internet Netblocks.
Detalhes da ação e acusações à PSF
O Ministro da Comunicação, Abderaman Koulamallah, declarou que a ação contra a agência nacional de segurança foi liderada por Yaya Dillo, líder da PSF. Até então, Dillo não fez comentários. Não está claro se Dillo está entre os presos, mas ele fez uma postagem no Facebook na manhã de quarta-feira, alegando que os militares vieram procurá-lo em sua sede do partido.
O governo também acusou o PSF de estar envolvido em uma recente “tentativa de assassinato” contra o presidente do Supremo Tribunal. Dillo negou qualquer ligação com esse ataque, que em seu entendimento foi uma “encenação”, segundo a AFP.
A transição política e o compromisso com a democracia
Dillo é um opositor vocal do presidente Mahamat Déby, que assumiu o poder em 2021 após o assassinato de seu pai por rebeldes. O presidente Déby comprometeu-se a devolver o país ao controle civil – mas adiou por mais de dois anos. A eleição deve marcar o fim de uma transição política. O Movimento de Salvação Patriótica (MPS) designou o presidente Déby como seu candidato para as próximas eleições, mas ele ainda não comentou publicamente se concorrerá.
A participação da França e a presença militar
A França, ex-colônia, apoia Déby desde o início da transição, gerando críticas dentro e fora do país. Atualmente, a França tem cerca de 1.000 tropas no Chade para combater grupos jihadistas em toda a África Ocidental. A oposição afirma que a comissão eleitoral está longe de ser neutra e teme uma extensão da dinastia Déby.
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