Bolsonaro é escolha irracional, diz Estadão
Em editorial, o Estadão critica os empresários que declaram apoiar Jair Bolsonaro, uma escolha irracional, segundo o jornal. Leia um trecho...
Em editorial, o Estadão critica os empresários que declaram apoiar Jair Bolsonaro, uma escolha irracional, segundo o jornal.
Leia um trecho:
“Diante da percepção de que o sistema é de difícil regeneração – pois exige uma ampla reforma política que, entra ano, sai ano, ninguém consegue fazer -, gente como Bolsonaro passou a ser vista a sério como opção, por ser identificado como alguém avesso a fazer os conchavos políticos que a maioria da população não compreende e repudia. Sua candidatura desligada dos grandes partidos e relacionada a uma nostalgia da ditadura – idealizada como um tempo de ‘ordem’ garantida por militares incorruptíveis – ganhou ares de alternativa viável para os que consideram que o sistema é irremediavelmente corrupto e indiferente ao destino do País.
O trágico é que alguns desses empresários que declaram voto em Bolsonaro admitem que o ex-capitão não tem mesmo capacidade para ser presidente da República. Mas, para eles, isso não é importante. O importante é que a eventual vitória de Bolsonaro representaria a ruptura com ‘o modelo que está aí’, nas palavras de um dos empresários desse movimento, cuja crescente mobilização foi noticiada pelo Estado.
Até onde se tem conhecimento, nenhum desses empresários parece saber ao certo o que virá depois dessa projetada ruptura. Mas não é difícil imaginar. Sem partido, com um discurso desagregador e antidemocrático, adepto de soluções que privilegiam a violência e – o que ele mesmo admite – um rematado ignorante dos principais problemas econômicos do País, Bolsonaro criaria tal confusão e tensão que o ambiente de negócios, já muito difícil, se tornaria totalmente hostil. Donde se conclui que esse movimento de empresários em favor de tal ruptura carece absolutamente de racionalidade. Pois Bolsonaro não tem como fazer a reforma política e muito menos como sanear as finanças públicas e reativar a economia.”
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