No sábado (24), as forças militares dos Estados Unidos e do Reino Unido coordenaram ataques contra mais de uma dúzia de alvos Houthi no Iêmen, conforme informado por autoridades. Este foi mais um avanço na ação militar que busca neutralizar o grupo ligado ao Irã, que tem realizado continuamente ataques a navios na região.

Frequência de ataques dos EUA

Os Estados Unidos têm lançado ataques quase diários contra os Houthis, grupo que domina as regiões mais densamente povoadas do Iêmen. O grupo Houthi afirmou que os ataques a navios são uma demonstração de solidariedade aos palestinos, devido aos recentes ataques de Israel na Faixa de Gaza. Entretanto, até o momento, essas ofensivas não conseguiram impedir as ações dos Houthis que têm interrompido o comércio global e elevado as taxas de transporte marítimo.

Resultados dos ataques

Em uma declaração conjunta dos países que estão participando nos ataques ou fornecendo apoio, foi divulgado que a ação militar foi direcionada a 18 alvos Houthi em oito diferentes locais no Iêmen. Entre os alvos estavam, instalações subterrâneas de armazenamento de armas, radares e sistemas de defesa aérea, bem como um helicóptero.

O secretário de defesa americano, Lloyd Austin, afirmou que os ataques têm por objetivo “perturbar e degradar ainda mais as capacidades da milícia Houthi apoiada pelo Irã”.

Participação de outros países

Além dos EUA e do Reino Unido, outros países como Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Holanda e Nova Zelândia manifestaram apoio às ações contra os Houthis.

Reação do movimento Houthi

A Al Masirah TV, principal canal de notícias administrado pelo movimento Houthi, afirmou no sábado que os EUA e as forças do Reino Unido realizaram uma série de ataques na capital, Sanaa. Uma fonte militar Houthi não identificada informou que os novos ataques seriam “uma tentativa miserável de impedir o Iêmen de fornecer operações de apoio ao povo palestino em Gaza”.

Consequências dos ataques Houthi

Os ataques realizados pelo grupo Houthi estão perturbando o tráfego marítimo no vital Canal de Suez, responsável por aproximadamente 12% do tráfego global marítimo. A alternativa à rota pelo Canal seria uma rota mais longa e cara ao redor da África.

A União Europeia lançou uma missão naval no Mar Vermelho a fim de salvaguardar a liberdade de navegação enquanto os Estados Unidos mantêm uma coalizão paralela, batizada de Operação Prosperity Guardian. O objetivo desta operação é proteger o tráfego comercial dos ataques dos Houthis.