O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu neste sábado, 24, data que marca o aniversário de dois anos da invasão russa, que a Ucrânia derrotará a Rússia.

“Temos lutado por isso durante 730 dias de nossas vidas. Venceremos no maior dia de nossas vidas”, disse Zelensky durante uma cerimônia com líderes europeus, em Kiev.

“Qualquer pessoa normal quer que a guerra acabe. Mas nenhum de nós permitirá que a Ucrânia acabe”, acrescentou o presidente ucraniano, dizendo que a guerra deve terminar “nos nossos termos”, e com uma paz “justa”.

A declaração foi feita ao lado dos primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau, da Itália, Giorgia Meloni, da Bélgica, Alexander De Croo, e da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que foram a Kiev em gesto de solidariedade à Ucrânia.

Zelensky entregou medalhas a soldados em uma cerimônia no aeroporto Hostomel, alvo das forças de Vladimir Putin nos primeiros dias da invasão.

“Dois anos atrás, enfrentamos aqui com fogo a força de desembarque inimiga; dois anos depois, encontramos nossos amigos e parceiros aqui”, disse.

A homenagem aos soldados ucranianos foi feita a poucos quilômetros da cidade de Bucha, palco de um massacre durante os primeiros dias da invasão.

Na cerimônia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a resistência da Ucrânia durante a guerra, e garantiu o apoio da União Europeia “enquanto for necessário”.

Ela disse que Zelensky “salvou seu país e deu uma hipótese à resistência ucraniana. Na semana passada, abateu sete caças, levou (os russos) de volta ao Mar Negro e retomou o comércio. Isso parecia impossível há dois anos”.

“Acredito que a Ucrânia continuará a surpreender a todos”, acrescentou a líder da Comissão Europeia.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. que deverá assinar um acordo bilateral de segurança com Zelensky, disse acreditar “que a Ucrânia também está lutando pela liberdade e interesse nacional” dos estados europeus

“A Ucrânia faz parte da nossa nova casa” e “nós faremos a nossa parte na sua defesa”, afirmou Meloni.