Novos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira, 23, sinalizaram desafios persistentes no setor de saneamento básico do país. Segundo o Censo Demográfico 2022, cerca de 49 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a esgotamento sanitário adequado, enquanto outros 4,8 milhões não recebem água encanada.

Cenário preocupante no Nordeste

O estado da Paraíba se destaca negativamente quando o questionamento é abastecimento de água. Três das cidades paraibanas figuram nos primeiros lugares quando se trata de problemas com água canalizada: Damião, Algodão de Jandaíra e Riacho de Santo Antônio.

Sudeste e Sul lideram em abastecimento

De forma oposta, observou-se que o Sudeste e o Sul do país se destacam na eficiência dos sistemas de abastecimento e saneamento básico. Dos 5.570 municípios brasileiros, 739 dispõem de um sistema de abastecimento completo.

Esgotamento Sanitário

Quando o tema é rede de esgoto, apenas cinco municípios atendem completamente todas as residências: Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul em São Paulo, Presidente Lucena no Rio Grande do Sul e Anhanguera em Goiás.

Falta de coleta de lixo

A coleta de lixo, outro ponto crítico do saneamento básico, ainda é deficiente em diversas regiões. O levantamento do Censo 2022 aponta que ainda há muito a ser feito para universalizar a coleta de resíduos sólidos.

Estrutura das Residências

O Censo 2022 também trouxe informações a respeito da estrutura de habitação das famílias brasileiras. Apenas 1.204 municípios possuem 100% de suas casas com banheiro exclusivo.

Embora esses dados sejam preocupantes, eles servem para direcionar as políticas públicas e investimentos na área do saneamento básico, na busca por alcançar o acesso universalizado a esses serviços tão fundamentais para a garantia da saúde e dignidade da população brasileira.