Procon-SP cobra do Uber explicação sobre tarifa dinâmica
Procon-SP solicita explicações ao Uber sobre a tarifa dinâmica. A entidade busca transparência na determinação deste preço.
Em uma recente notificação, o Procon-SP pediu ao Uber, famoso aplicativo de transporte, esclarecimentos sobre a sua política de preços, que se notabiliza pelo uso da tarifa dinâmica. Estabelecida de acordo com a demanda por corridas, essa estratégia tem sido objeto de críticas, principalmente em dias de problemas no transporte público, quando ocorre interrupção ou diminuição da circulação dos trens do metrô, aumentando a demanda pelo serviço da Uber.
Detalhes sobre a tarifa dinâmica
Conforme o Procon, até a próxima terça-feira (28), o Uber deve fornecer detalhes sobre quais parâmetros são utilizados para definir a tarifa dinâmica. Segundo a empresa, o valor cobrado nas corridas pode ser mais elevado sempre que a demanda por viagens em uma determinada área for superior ao número de motoristas circulando na região.
Transparência no cálculo dos valores
Na solicitação do Procon-SP, a entidade pede que sejam fornecidos exemplos reais de como a ferramenta de tarifa dinâmica da Uber é aplicada, com o objetivo de tornar transparente o funcionamento do algoritmo que determina os preços. Para tanto, a empresa deve apresentar uma simulação de um mesmo percurso considerando a situação normal e a aplicação da tarifa dinâmica.
Informação ao consumidor e limites de cobrança
Além de solicitarem esclarecimentos sobre a política de preços, o Procon-SP questiona se os consumidores são devidamente informados sobre a aplicação da tarifa diferenciada, a forma como essa informação é fornecida e se existem limites máximos para a cobrança. Conforme a resposta do Uber, os usuários são notificados sobre a tarifa dinâmica no momento da solicitação da corrida, porém, o fato de o multiplicador de preço não constar no aviso tem sido alvo de críticas.
Controvérsias sobre a tarifa dinâmica
Apesar de a Uber afirmar que a tarifa dinâmica serve como incentivo para os motoristas que aceitam trabalhar em condições adversas, algumas críticas recaem sobre a empresa. Entre os críticos, o escritor canadense Cory Doctorow pontua que esse sistema de preços estimula os motoristas a recusarem corridas esperando ofertas mais rentáveis, gerando um embate entre a conveniência dos motoristas e os interesses dos passageiros.
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