China intensifica combate à interferência estrangeira em Taiwan
Descubra como a China planeja combater a interferência estrangeira e a independência de Taiwan
De acordo com a mídia estatal, a China pretende “conter” a interferência estrangeira em relação a Taiwan e “combater resolutamente” quaisquer esforços em prol da independência formal da ilha neste ano. A data é significativa por marcar o 75º aniversário da fundação da China comunista.
A China considera Taiwan, que é governada democraticamente, como parte de seu próprio território, ignorando as objeções do governo de Taiwan. A nação tem intensificado a pressão política e militar para impor essas reivindicações.
Eleições em Taiwan e pressão chinesa
Em janeiro, Taiwan elegeu seu atual vice-presidente, Lai Ching-te, como próximo presidente – um homem que Pequim considera um separatista perigoso. A posse de Lai está prevista para maio e, apesar de propostas de diálogo, ele tem sido rejeitado por Pequim.
Em encontro para discutir o trabalho relacionado a Taiwan neste ano, Wang Huning, quarto líder mais importante do Partido Comunista, destacou a importância do sentimento de responsabilidade e missão, especialmente por se tratar do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.
Enfrentando interferências
“Deve-se combater resolutamente a divisão da independência de Taiwan, conter a interferência de forças externas, apoiar firmemente as forças patrióticas e de reunificação na ilha e manter a paz e estabilidade no estreito de Taiwan”, lembrou Wang ainda em discurso relatado pela agência Xinhua.
O conceito de interferência de forças externas, no jargão chinês, inclui o comércio de armamentos entre os EUA e Taiwan, assim como visitas a Taipei feitas por oficiais e legisladores estrangeiros.
Reação do Taiwan
Já o governo de Taiwan defende que a China não tem o direito de representar internacionalmente as pessoas da ilha e que, uma vez que a República Popular da China nunca governou Taiwan, as reivindicações de soberania seriam nulas. Vale lembrar que o fundador Mao Zedong, proclamou a fundação da República Popular em Pequim em 1º de outubro de 1949, após uma guerra civil sangrenta. O governo derrotado da República da China fugiu para Taiwan no fim de 1949, mantendo esse nome até os dias atuais.
Em nota relacionada, o governo do Equador cancelou um plano de trocar armas soviéticas obsoletas por novas armas dos Estados Unidos. A decisão foi tomada após descobrirem que as armas antigas seriam enviadas para a Ucrânia, segundo o presidente Daniel Noboa.
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