Netanyahu apresenta plano para o “dia seguinte” ao Hamas
Primeiro-ministro israelense propõe desmilitarização e programa de desradicalização para a Faixa de Gaza
Na noite desta quinta-feira, 22, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou ao Gabinete de Segurança Política sua proposta para o “pós-Hamas”.
A estratégia de Netanyahu para a era “pós-Hamas” começa com a continuação do combate pelas Forças de Defesa de Israel até que sejam atingidos os objetivos de destruir as capacidades militares e a infraestrutura governamental do Hamas e da Jihad Islâmica, além do retorno dos reféns e a garantia de que a Faixa de Gaza não represente ameaça.
Israel manterá liberdade operacional em toda a Faixa de Gaza indefinidamente para prevenir a renovação das células do terrorismo e neutralizar ameaças. Uma zona de segurança ao longo da fronteira com Israel será mantida enquanto houver necessidade, e um bloqueio sul na fronteira entre Gaza e Egito será estabelecido, com a cooperação do Egito e apoio dos EUA. Israel também terá controle de segurança sobre a área oeste do Jordão.
A administração e responsabilidade pela ordem pública em Gaza se basearão em autoridades locais com experiência administrativa, que não estejam ligadas a países ou entidades apoiadoras do terrorismo. Um programa de desradicalização abrangente será implementado nas instituições religiosas, educacionais e assistencialistas de Gaza, com o apoio de países árabes que possuem experiência em desradicalização.
Israel buscará encerrar as atividades da UNRWA na Faixa de Gaza, substituindo por agências internacionais de ajuda mais responsáveis. A reconstrução da região só ocorrerá após a completa desmilitarização e início do processo de desradicalização.
A longo prazo, Israel rejeita quaisquer imposições internacionais sobre um acordo permanente com os palestinos, insistindo que tal arranjo deve ser alcançado apenas através de negociações diretas sem precondições.
Além disso, o país continuará se opondo ao reconhecimento unilateral de um estado palestino, argumentando que tal ato, especialmente após o massacre de 7 de outubro, seria uma recompensa sem precedentes ao terrorismo e impediria qualquer futuro acordo de paz.
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