Putin dá voltinha em bombardeiro que pode levar 12 mísseis nucleares
O avião possui uma tripulação de quatro pessoas e é capaz de transportar 12 mísseis de cruzeiro ou 12 mísseis nucleares de curto alcance
O presidente russo, Vladimir Putin, voou em um bombardeiro estratégico Tu-160M modernizado e com capacidade nuclear, nesta quinta-feira, 22.
Essa demonstração de poder certamente será vista no Ocidente como um lembrete da capacidade nuclear de Moscou.
O avião bombardeiro
O Tu-160M é uma versão atualizada de um bombardeiro da época da Guerra Fria, que teria sido utilizado pela antiga União Soviética para lançar armas nucleares a longas distâncias em caso de conflito. Com o voo, Putin reforça o compromisso russo com a segurança nacional e demonstra seu poder bélico.
O voo acontece em meio a tensões entre Moscou e o Ocidente devido à guerra na Ucrânia e à morte do político da oposição Alexei Navalny na prisão.
Relações entre potências nucleares
Diplomatas russos e norte-americanos têm observado que as relações entre as duas maiores potências nucleares do mundo nunca estiveram tão deterioradas, nem mesmo durante a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962.
A TV estatal russa transmitiu imagens impressionantes do gigantesco avião decolando de uma pista pertencente a uma instalação em Kazan, onde são fabricadas as aeronaves supersônicas modernizadas. Após completar um voo de 30 minutos com Putin a bordo, o bombardeiro pousou com sucesso, conforme relatou o repórter da TV estatal russa Pavel Zarubin.
O Tu-160M possui uma tripulação de quatro pessoas e é capaz de transportar 12 mísseis de cruzeiro ou 12 mísseis nucleares de curto alcance. Além disso, tem um alcance impressionante de 12.000 km sem a necessidade de reabastecimento.
Essa não é a primeira vez que Putin voa em uma aeronave desse tipo. Em 2005, durante um exercício de treinamento, o presidente russo já havia pilotado uma versão mais antiga do bombardeiro.
Irã envia mísseis balísticos à Rússia
De acordo com informações de seis fontes da Reuters, o Irã tem fornecido uma grande quantidade de mísseis balísticos superfície-superfície à Rússia. Essa cooperação militar entre os dois países, que enfrentam sanções dos Estados Unidos, vem se aprofundando desde o início de janeiro deste ano.
As entregas dos mísseis começaram após um acordo firmado em reuniões realizadas em Teerã e Moscou no final do ano passado entre autoridades militares e de segurança do Irã e da Rússia, revelou uma das fontes iranianas.
Entrega de novos mísseis
Segundo ela, já foram realizados pelo menos quatro envios e há previsão de mais nas próximas semanas. Detalhes adicionais sobre essas transações não foram divulgados por motivos de segurança.
Uma segunda autoridade iraniana, que preferiu não ser identificada, afirmou que mais envios estão planejados e que não há intenção de esconder essa cooperação. De acordo com essa autoridade, o Irã tem a capacidade de exportar armas para qualquer país que desejar.
Até o momento, tanto o Ministério da Defesa do Irã quanto a Guarda Revolucionária, responsável pelo programa de mísseis balísticos do país, se recusaram a comentar sobre o assunto. O Ministério da Defesa da Rússia também não respondeu aos pedidos de comentário.
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