Defesa projeta silêncio de Bolsonaro diante da PF
O ex-presidente deverá comparecer nesta quinta-feira, 22, à sede da PF para prestar depoimento sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá comparecer nesta quinta-feira, 22, à sede da Polícia Federal, em Brasília, às 14h30, para prestar depoimento sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo O Globo, o ex-presidente deverá permanecer em silêncio.
A defesa do ex-mandatário pediu sua dispensa pelo menos três vezes, mas todas as solicitações foram negadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os argumentos da defesa de Bolsonaro
Os advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten solicitaram acesso ao “conteúdo completo” da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, antes da oitiva.
Eles também argumentaram que o ex-presidente não poderia prestar depoimento antes que a defesa tivesse ao conteúdo de celulares apreendidos em investigações contra ele e aliados.
A determinação de Moraes
Moraes, no entanto, afirmou na decisão que, não configura cerceamento de defesa “a negativa de acesso a termos da colaboração premiada referente a investigações em curso”.
“Informe-se a Polícia Federal que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos”, escreveu o magistrado.
O ministro do STF também alegou que não cabe ao ex-presidente “escolher a data e horário de seu interrogatório”.
O que Bolsonaro vai fazer?
O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá permanecer em silêncio na oitiva desta quinta-feira.
Após o despacho de Moraes, a defesa do ex-presidente solicitou mais uma vez que ele fosse liberado de comparecer à PF, em Brasília, “notadamente em virtude de preocupações relacionadas à logística e segurança apresentadas pela autoridade policial”.
Bolsonaro “insiste nos mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente claro que o investigado teve acesso integral a todas as diligências efetivadas e provas juntadas aos autos”, disse Moraes ao rejeitar o último pedido de dispensa apresentado pelos advogados do ex-presidente.
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