Opositor de Putin, Boris Nadezhdin segue impedido de concorrer
Decisão polêmica da Suprema Corte Russa barra candidatura de Boris Nadezhdin, principal crítico da operação militar na Ucrânia. Saiba mais sobre este caso que abala a legitimidade das próximas eleições.
Em uma notícia recente, a Suprema Corte da Rússia decidiu nesta quarta-feira (21), manter a decisão das autoridades eleitorais que impede o candidato contra guerra, Boris Nadezhdin, de concorrer nas eleições presidenciais do próximo mês. Essa decisão deixou o atual presidente, Vladimir Putin, sem adversários notáveis.
Alegação de Irregularidades na Lista de Apoiadores
De acordo com a Comissão Eleitoral Central, a candidatura de Nadezhdin foi barrada devido a irregularidades encontradas na lista de assinaturas de apoio à sua campanha. A comissão alegou que foram identificados nomes de pessoas já falecidas na lista.
Em sua rede social Telegram, Nadezhdin expressou sua decepção com a decisão: “A Suprema Corte da Federação Russa se recusou a satisfazer minha reivindicação de contestar a recusa de registro”. Relatórios da mídia estatal russa confirmou a decisão da corte.
Decisão Será Contestada Por Nadezhdin
Nadezhdin, no entanto, não está pronto para desistir sem lutar. O ex-candidato presidencial planjea recorrer da decisão dentro de um prazo de cinco dias.
Apesar de ter anteriormente reconhecido que suas chances de concorrer contra Putin nas eleições presidenciais de 15 a 17 de março haviam caído “completamente para zero”, Nadezhdin parece determinado a desafiar o resultado.
Último Crítico da Operação Militar na Ucrânia é Barrado
Com a decisão de barrar Nadezhdin, a comissão eleitoral removeu o último candidato que era crítico ao que Putin chama de “operação militar especial” na Ucrânia.
No poder como presidente ou primeiro-ministro desde o último dia de 1999, Putin enfrentará outros três candidatos nas próximas eleições presidenciais, no entanto, nenhum dos restantes se opõe ao seu governo. A negativa da candidatura de Boris Nadezhdin causa mais dúvidas sobre a legitimidade das próximas eleições na Rússia.
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