Brasil afaga Rússia após morte de Navalny
Questionado sobre a morte de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin, Lula criticou no domingo, 18, a “pressa” para a resolução do caso
O Itamaraty celebrou as relações comerciais com a Rússia, menos de sete dias após a morte do opositor Alexei Navalny em uma prisão na Sibéria.
A postagem da pasta se deu em meio ao encontro entre Mauro Vieira e seu homólogo russo, Sergei Lavrov, no Rio de Janeiro, nesta quarta, 21 de fevereiro.
Eles se encontraram no contexto da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20.
“O Ministro Mauro Vieira encontrou-se, à margem da reunião de chanceleres do G20, com o Ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov. Debateram temas globais e bilaterais, com destaque para a reunião de alto nível, em nível de vice-chanceler, em Moscou (26-27/3)”, publicou o Itamaraty no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter.
“Discutiram também formas de ampliar e diversificar o comércio bilateral, que atingiu recorde em 2023, além das prioridades da presidência do G20 e da presidência dos Brics, bem como o processo de incorporação dos novos membros”, acrescentou.
A publicação também foi dada a menos de uma semana de completar dois anos a invasão em escala nacional à Ucrânia, pela qual a Rússia é alvo de sanções internacionais, incluindo a própria exclusão do sistema de transferências financeiras internacional, o Swift.
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Cinismo de Lula por morte de Navalny
Questionado sobre a morte de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin, Lula criticou no domingo, 18, a “pressa” para a resolução do caso.
“Para que essa pressa de acusar alguém? Sabe há quantos anos estou esperando o mandante do crime da Marielle [Franco]? Seis, e não estou com pressa de dizer quem foi, não quero especulação”, afirmou o petista.
Sanções pós-morte de Navalny
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou hoje que o governo britânico, em coordenação com aliados, está considerando todas as opções para responsabilizar a Rússia após a morte do líder da oposição Alexei Navalny.
Navalny, que dedicou sua vida à causa da liberdade na Rússia, faleceu após retornar à sua terra natal sabendo dos riscos que corria – uma atitude que Sunak descreveu como um dos atos mais corajosos do século XXI.
Diz a nota oficial:
“Alexei Navalny morreu por uma causa pela qual dedicou toda a sua vida – a liberdade. Retornar para casa sabendo que Putin já havia tentado matá-lo foi um dos atos mais corajosos do século XXI”, afirmou o premiê britânico.
“Juntamente com aliados, estamos considerando todas as opções para responsabilizar a Rússia. E nesta manhã, sancionamos aqueles que administram a prisão onde o corpo de Navalny ainda se encontra”, concluiu Sunak.
O anúncio vem como parte de uma resposta global crescente ao tratamento de dissidentes políticos pela Rússia e coloca em destaque as tensões entre o Ocidente e o regime ditatorial de Vladimir Putin.
A União Europeia também se mobiliza em resposta ao assassinato de Alexei Navalny.
A ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacou que o 13º pacote de sanções da UE contra Moscou, em decorrência da invasão à Ucrânia, também contemplará medidas pela morte do dissidente russo. “Estamos nos detalhes finais”, disse Baerbock.
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