Derrite troca número 2 da Polícia Militar de São Paulo
Exoneração do coronel José Alexander de Albuquerque Freixo gerou controvérsia visto que é considerado um dos mais respeitados de São Paulo
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL; foto), determinou trocas na cúpula da Polícia Militar que geraram controvérsia na corporação.
A medida foi publicada no Diário Oficial do estado de São Paulo nesta quarta-feira, 21 de fevereiro.
As mudanças incluem a exoneração do coronel José Alexander de Albuquerque Freixo, que era o número 2 no comando da Polícia Militar.
Segundo a Folha de S. Paulo, a surpresa no formato de comunicação, via Diário Oficial, gerou descontentamento em vários oficiais, afirmando que tal método de comunicação é considerado uma falta de respeito.
Descontentamento crescente
Os policiais também ficaram insatisfeitos, pois Freixo é considerado um dos coronéis mais respeitados de São Paulo.
Ele é visto como um defensor principal contra interferências políticas e o avanço da “mentalidade bolsonarista”, segundo a Folha.
Derrite colocou o comandante do Choque, coronel José Augusto Coutinho, como substituto de Freixo.
Acredita-se que Coutinho esteja mais alinhado com a política de enfrentamento seguida pelo secretário.
Possibilidade de rebelião contra Derrite
As mudanças levaram a alguns oficiais a preverem uma possível rebelião dentro da corporação, de acordo com a Folha.
Entre as possíveis medidas de retaliação, o grupo de coronéis pode optar por permanecer na ativa em vez de entrar na reserva.
Essa medida possibilitaria o surgimento de vácuos na liderança institucional, algo inédito na Polícia Militar de São Paulo.
Segundo a Folha, as alterações sinalizam um “tudo ou nada” de Derrite, fortalecendo sua posição ou culminando com seu desligamento.
Se Derrite for derrubado, isso pode enfraquecer ainda mais Cássio Araújo de Freitas, o comandante-geral da PM.
Mudanças anteriores de Derrite
Essa não é a primeira vez que Derrite faz mudanças através do Diário Oficial e desagrada os coronel.
Em 2023, ele fez três alterações desta forma, o que foi duramente criticado pelo coronel da reserva José Vicente da Silva.
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