Presidente do MDB de SP chama Boulos de “covarde”
Enrico Misasi criticou nesta terça-feira, 20, a postura do pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos sobre declarações de Lula
O presidente da executiva municipal do MDB, Enrico Misasi, criticou nesta terça-feira, 20, a postura do deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) sobre o incidente diplomático envolvendo Brasil e Israel.
Para Misasi, Boulos tem sido omisso em relação à várias opiniões já proferidas por ele mesmo sobre os conflitos na Faixa de Gaza.
“Agora, depois da fala desastrosa de seu padrinho político, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que, de forma irresponsável, comparou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, Boulos lança mão do mesmo discurso para se recusar a condenar o grupo terrorista Hamas. ‘Não sou pré-candidato a prefeito de Tel Aviv’”, disse Misasi por meio de nota oficial encaminhada a O Antagonista.
“Não sou comentarista“
Ontem, como mostramos, o deputado federal se recusou a comentar as declarações recentes de Lula, que comparou a operação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
“Eu não sou comentarista das falas do presidente da República. Ele teve 60 milhões de votos para estar onde ele está”, afirmou Boulos, que é o candidato de Lula em São Paulo, em entrevista à rádio Bandnews.
“Além de imoral e covarde, ele não compreende que temas globais, se não tratados devidamente, têm consequências graves numa cidade como São Paulo – uma das mais plurais do mundo e a maior da América Latina”, criticou o emedebista.
“Debruçado em sua bolha e falando cada vez mais bobagens e para cada vez menos pessoas, ou Boulos erra por desconhecimento, ou ignora, conscientemente, a presença de vários povos na cidade e tudo o que eles representam. Isso é falta de respeito”, complementou Misasi.
Como mostrou O Antagonista, Boulos foi aconselhado por aliados a não se manifestar sobre as falas de Lula. Embora tivesse a intenção de endossar as declarações do petista, ele foi convencido a não falar sobre o episódio.
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