China fortalece laços estratégicos com Hungria em desafio à OTAN e normas da UE
China aprofunda laços estratégicos com a Hungria, desafiando a OTAN e normas da UE. O apoio se estende além do comércio, abrangendo segurança pública e aplicação da lei.
Na segunda-feira, 19 de fevereiro, a China ofereceu apoio ao parceiro estratégico de longa data, a Hungria, em questões de segurança pública, expandindo suas relações além de simples acordos de comércio e investimento. O anúncio ocorre durante um encontro raro entre o primeiro-ministro Viktor Orban e representantes chineses, enquanto a OTAN luta para expandir sua rede na Europa.
O que a China oferece?
Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, o Ministro da Segurança Pública chinês, Wang Xiaohong, expressou o desejo de aprofundar os laços de segurança e aplicação da lei aà Hungria, enquanto os dois países celebram seu 75º ano de relações diplomáticas. Wang declarou durante a visita a Budapeste que espera “um novo destaque nas relações bilaterais”, no combate ao terrorismo e crimes transnacionais, e na capacitação em segurança e aplicação da lei.
O impacto desse apoio
Esse apoio da China, um aliado russo, surge quando a aliada húngara tem trabalhado para diluir sua dependência dos países ocidentais na última década sob a liderança de Orban. Recentemente, a Hungria resistiu à pressão para aprovar a expansão da OTAN na Europa. Como único estado membro da OTAN que não ratificou a aplicação da Suécia para ingressar no bloco de segurança, a Hungria desafia as tentativas da OTAN de expandir sua influência.
A reação da China à OTAN
A China tem sido crítica à OTAN, principalmente após a declaração do bloco, no ano passado, de que Pequim desafiou seus interesses, segurança e valores com “ambições e políticas coercitivas”. A mídia estatal chinesa rotulou a OTAN como “um grande desafio” à paz e à estabilidade global.
A posição da Hungria na UE
O pacto de segurança com a Hungria representa uma vitória diplomática para a China na União Europeia, onde a Hungria tem resistido às posições críticas da UE em relação à China em questões como direitos humanos e acolhido investimentos chineses, apesar do apelo da UE para alinhar as relações com a China a regras da UE.
O papel da Hungria na expansão de Huawei Technologies
A Hungria é a base mais significativa de logística e fabricação da Huawei Technologies fora da China, apesar dos avisos da Comissão Europeia de que a gigante das telecomunicações representa um risco à segurança da UE. Desde 2016, a Huawei tem fechado parcerias com a empresa de inteligência artificial sediada em Xangai, Yitu Technology, para desenvolver soluções para cidades inteligentes, fortalecendo a segurança pública e as polícias, com o uso de IA e vigilância.
Os candidatos independentes no Paquistão, apoiados pelo ex-primeiro-ministro preso que conquistou cadeiras em eleições inconclusivas há mais de 10 dias, juntar-se-ão ao Partido Político do Conselho Ittehad Suni minoritário para formar um governo.
O anúncio feito pela China, de aprofundamento das relações com a Hungria, pode levar novas dinâmicas à geopolítica da Europa, onde o Ocidente e a OTAN buscam conter as ameações representadas pela expansão chinesa.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)