Eleições presidenciais no Senegal são adiadas após protestos
Explore a atual situação política do Senegal após o adiamento das eleições presidenciais considerado inconstitucional.
O adiamento das eleições presidenciais no Senegal, que estavam marcadas para este mês, foi considerado inconstitucional pelo mais alto tribunal do país, o Conselho Constitucional. A decisão anula o decreto do presidente Macky Sall e um projeto de lei polêmico aprovado pelo parlamento que movia a votação para dezembro.
O país do oeste africano tem sido alvo de amplos protestos. Aminata Touré, ex-primeira-ministra e atual figura da oposição, considerou a decisão como “um grande dia para a democracia”.
Reações e críticas ao adiamento das eleições
Em 3 de fevereiro, Sall anunciou que estava adiando a data da eleição – originalmente marcada para 25 de fevereiro – por conta de preocupações sobre a elegibilidade dos candidatos da oposição. A proposta foi apoiada por 105 dos 165 parlamentares após um debate acalorado.
Seus críticos o acusam de tentar se apegar ao poder ou influenciar injustamente quem o sucede. Ambos, os EUA e a União Europeia, pediram a Sall que reconsiderasse.
Conselho Constitucional pede nova data para eleições
Referindo-se à data das eleições, o Conselho Constitucional disse que era “impossível” a votação ser realizada na data original, mas instou as autoridades a organizá-la “o mais rápido possível”. Sall ainda não reagiu à decisão. O mandato do presidente termina em 2 de abril.
Enquanto as eleições poderiam ser realizadas antes disso, os desafios que levaram ao adiamento das eleições em primeiro lugar continuam sem solução.
Paralisação nas campanhas eleitorais
A maioria dos candidatos parou de fazer campanha desde que o presidente Sall emitiu seu decreto no início deste mês. A decisão do tribunal ocorreu no mesmo dia em que vários políticos da oposição e membros da sociedade civil foram libertados da prisão.
O Senegal é visto há muito tempo como uma das democracias mais estáveis da região. É o único país do oeste africano que nunca teve um golpe militar e até o início deste mês nunca tinha adiado uma eleição presidencial.
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