Pegadas próximas ao presídio de Mossoró
Segundo os investigadores, itens foram furtados de uma casa localizada a 7 km do presídio federal na noite da fuga
As equipes responsáveis pela busca dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, encontraram, na madrugada desta sexta-feira, 16, itens que são considerados o principal rastro deixado pelos fugitivos até o momento.
Na zona rural de Mossoró, foram encontradas pegadas, peças de roupa e um lençol. Segundo os investigadores, esses itens foram furtados de uma casa localizada a 7 km do presídio federal na noite da fuga, que ocorreu na quarta-feira, 14.
Um morador da região confirmou aos investigadores que um dos itens encontrados era objeto furtado de sua residência. A força-tarefa responsável pelas buscas acredita que os fugitivos ainda estão na área e está concentrando seus esforços em um raio de 15 km ao redor do presídio.
As buscas aos integrantes do CV
As buscas contam com mais de 300 agentes de segurança, além do auxílio de helicópteros e drones. A intensificação dos esforços visa recapturar Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35, ambos ligados ao Comando Vermelho, a maior facção criminosa que atua no Rio de Janeiro e também em outros estados.
Deibson é apontado como um dos primeiros integrantes da facção no Acre. Essa fuga é a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, que foi criado em 2006 e atualmente possui cinco presídios de segurança máxima.
As falhas que levaram a fuga, segundo Lewandowski
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, listou na tarde desta quinta-feira, 15, as supostas falhas no sistema de segurança do presídio federal de Mossoró e que levaram à fuga de dois presos. Segundo o chefe da pasta, o caso inédito foi ocasionado por uma “série de coincidências negativas e casos fortuitos”.
De acordo com ele, houve falhas no circuito de câmeras de segurança, na iluminação dos corredores e na guarda de ferramentas utilizadas em uma reforma que era realizada no pátio do presídio federal de Mossoró. Após o caso, Lewandowski anunciou um pacote de medidas que serão adotadas nos cinco complexos de segurança máxima controlados pelo governo federal.
“Não imaginamos que tenha sido algo arquitetado com dinheiro. Foi uma fuga que custou muito barato e foi efetuada com o que foi encontrado no local. Eles conseguiram [um alicate] porque estava jogado num canteiro de obras. [As ferramentas] deveriam estar trancadas numa arca, num baú, longe dos presos”, disse o ministro.
Como foi a fuga?
Os fugitivos conseguiram escapar inicialmente pelo revestimento mal feito ao redor da luminária da cela.
Em seguida, passaram pelas tubulações até chegar ao teto. Lewandowski afirmou que não havia nenhuma grade ou proteção, o que deveria estar previsto no planejamento de construção.
Ao ultrapassarem esses obstáculos, os criminosos utilizaram ferramentas de construção encontradas no local para cortar as grades da penitenciária.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)