A apresentadora Ana Hickmann recebeu um parecer técnico pericial que acusa seu ex-marido, Alexandre Correa, de ter transferido R$ 41,8 milhões da empresa Hickmann Serviços Ltda, da qual ambos eram sócios, para suas contas particulares. Segundo o documento, os saques teriam sido ocultados na contabilidade da empresa em uma suposta tentativa de fraudar sócios e credores.

Movimentações financeiras suspeitas

A perícia conclui que a contabilidade da empresa que os dois comandavam é imprestável e também acusa Correa de emitir notas fiscais frias com a assinatura falsificada de Hickmann.

A análise foi conduzida por Cláudio Wagner, perito amplamente reconhecido em processos criminais, e os dados já foram encaminhados à Justiça pelo advogado de Hickmann, Fernando José da Costa.

Investigação por vários crimes

Em dezembro, Costa já havia registrado uma notícia-crime pedindo que Correa fosse investigado por crimes de falsidade documental, ideológica, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e crime contra a economia popular.

Desvios disfarçados na contabilidade

De acordo com a perícia, os depósitos na conta pessoal de Correa foram registrados de tal forma que contraria as práticas contábeis habituais. Entre 2018 e 2022, por exemplo, foram encontradas 1.423 transferências eletrônicas através do sistema de internet banking, totalizando R$ 41,8 milhões que saíram da empresa e foram para contas de Correa, disfarçados como custos com despesas judiciais, postais, trabalhistas e advocatícias, entre outras.

Falsificação de notas fiscais e não pagamento de impostos

Outo elemento destacado na auditoria realizada pelo perito é a emissão contínua de notas fiscais frias nos anos de 2022 e 2023, o que envolve a emissão de documentos de venda que não correspondem à realidade. O parecer também apresenta que a empresa Hickmann Serviços tem débitos de R$ 8,6 milhões em impostos federais e municipais não recolhidos.

A defesa de Correa, por outro lado, nega as acusações e atribui a Hickmann a criação de uma “empresa laranja” para desvio de recursos. Investigação e processos adicionais devem elucidar o caso.