Rui Costa terá que explicar doação brasileira à ditadura cubana
Governo brasileiro enviou 125 toneladas de leite em pó para Havana; também haverá doações de soja e arroz
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), 2º vice-presidente da Câmara, apresentou nesta quinta-feira, 15, um pedido de explicações ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a doação de 125 toneladas de leite do governo brasileiro para Cuba.
Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que além do leite em pó, também serão enviados ao país nas próximas semanas carregamentos com arroz, milho e soja.
Sóstenes, no pedido de informação, questiona aspectos como “critérios utilizados para a seleção de Cuba como destino específico para o envio desses alimentos” ou “impacto esperado desse envio de alimentos na segurança alimentar e nutricional” para Havana.
“Há algum tipo de contrapartida?”
“Há algum tipo de contrapartida ou acordo estabelecido com o governo de Cuba em troca desse envio de alimentos?”, questiona o parlamentar. “Como será realizada a supervisão e o monitoramento da distribuição dos alimentos uma vez que cheguem a Cuba? O governo brasileiro ou alguma organização internacional terá um papel ativo nesse processo?”, reitera Sóstenes.
Segundo o governo brasileiro, no final de 2023, Brasil, Emirados Árabes Unidos e Cuba pactuaram, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), uma iniciativa para promover a segurança alimentar e nutricional na América Latina, fornecendo recursos para a produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.
Em nota, o Itamaraty afirmou que “a operação conjunta tripartite alinha-se ao espírito da proposta da presidência brasileira do G20 de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”.
O motivo da doação, segundo o Itamaraty, é “promover a segurança alimentar e nutricional da América Latina, fornecendo recursos para a produção, distribuição e suporte de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis”.
Há aí uma evidente contradição, pois o governo petista admite que há fome em Cuba, ao mesmo tempo em que enaltece as maravilhas do modelo comunista.
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