Crusoé: marinha britânica registra nova explosão no Mar Vermelho
A Marinha do Reino Unido registrou uma explosão “a curta distância” de uma embarcação comercial civil no Mar Vermelho nesta quinta-feira, 15 de fevereiro. Segundo as autoridades britânicas, a tripulação está bem e o navio atracou em um porto nas proximidades. A embarcação foi atingida enquanto passava perto da cidade portuária de Áden, no Iêmen,...
A Marinha do Reino Unido registrou uma explosão “a curta distância” de uma embarcação comercial civil no Mar Vermelho nesta quinta-feira, 15 de fevereiro.
Segundo as autoridades britânicas, a tripulação está bem e o navio atracou em um porto nas proximidades.
A embarcação foi atingida enquanto passava perto da cidade portuária de Áden, no Iêmen, capital do governo em exílio.
Os terroristas Houthis, que controlam a porção ocidental do Iêmen, não reivindicaram o ataque até o final da tarde desta quinta.
Ofensiva americana
Os Estados Unidos anunciaram em 19 de janeiro que realizaram três novos ataques contra os Houthis no Iêmen.
O grupo terrorista, apoiado pelo Irã, controla a parte ocidental do país árabe e tem lançado ataques a navios na entrada do Mar Vermelho desde novembro.
Os alvos preparavam para lançar mísseis antinavio, informou o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Esse foi um dos mais recentes episódios da ofensiva inciada pelos americanos e britânicos contra os Houthis no início de janeiro, em decorrência da série de ataques do grupo iemenita a navios cargueiros no Mar Vermelho.
Desde o dia 19 de novembro, ocorreram mais de 30 ataques dos rebeldes.
Leia também: Houthis desafiam EUA e Israel com ataque inédito
A sequência de ataques dos houthis tem inviabilizado parte das rotas comerciais da região. Grandes empresas de navegação, como MSC e Maersk, suspenderam as operações na área, levando a uma queda de 14% no tráfego de petroleiros pelo Canal de Suez desde novembro.
Estes ataques no coração de uma das rotas marítimas mais importantes do mundo sinalizam uma escala com consequências que extrapolam a região.
Em dezembro de 2023, o confronto se intensificou quando o Maersk Hangzhou foi atacado. As forças de segurança do navio e helicópteros da Marinha dos EUA responderam prontamente, afundando três embarcações houthis, marcando a 22ª tentativa de ataque do grupo rebelde desde outubro. O Maersk Hangzhou, apesar de atingido por um míssil, continuou navegável, sem feridos.
Reclassificados como terroristas
Em 17 de janeiro, os Estados Unidos reclassificaram os Houthis como grupo terrorista.
Em comunicado, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que os ataques “sem precedentes” realizados pelos Houthis contra militares americanos e navios comerciais que operam no Mar Vermelho e no Golfo de Áden se enquadram na definição clássica de terrorismo.
“Eles colocaram em perigo o pessoal dos EUA, os marinheiros civis e os nossos parceiros, comprometeram o comércio global e ameaçaram a liberdade de navegação. Os Estados Unidos e a comunidade internacional estiveram unidos na nossa resposta e na condenação destes ataques nos termos mais fortes”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.
Em resposta aos contínuos ataques contínuos dos Houthis, os Estados Unidos designaram o grupo iemenita como “terrorista global especialmente designado” (SDGT, na sigla em inglês).
“Esta designação é uma ferramenta importante…
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