Previsões indicam aumento da inflação para 2024 e anos seguintes Previsões indicam aumento da inflação para 2024 e anos seguintes
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Previsões indicam aumento da inflação para 2024 e anos seguintes

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 15.02.2024 13:03 comentários
Economia

Previsões indicam aumento da inflação para 2024 e anos seguintes

Para 2025, a estimativa da inflação subiu de 3,5% para 3,51%. Já para os anos de 2026 e 2027, as projeções se mantiveram em 3,5%

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Previsões indicam aumento da inflação para 2024 e anos seguintes
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, as estimativas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, apresentaram elevação. A projeção passou de 3,81% para 3,82% este ano.

Além disso, as previsões para os próximos anos também mostraram um aumento na inflação. Para 2025, a estimativa subiu de 3,5% para 3,51%. Já para os anos de 2026 e 2027, as projeções se mantiveram em 3,5%.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,5% e o superior é de 4,5%. Para os anos de 2025 e 2026, as metas de inflação também estão fixadas em 3%, com a mesma margem de tolerância.

No mês de janeiro, a inflação foi pressionada pelo aumento dos alimentos e registrou um índice de 0,42%, abaixo do valor apurado em dezembro, que foi de 0,56%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 4,51%.

Taxa básica de juros e projeções futuras

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A queda nos preços já levou o BC a realizar cinco cortes consecutivos na taxa, e a expectativa é que ocorram novos cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Em comunicado, o Copom indicou que esse ritmo é adequado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo de desinflação. A interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico de médio prazo.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o menor patamar da série histórica iniciada em 1986. Devido à contração econômica causada pela pandemia de covid-19, o Banco Central reduziu a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu no menor patamar da história entre agosto de 2020 e março de 2021.

Para o mercado financeiro, as projeções indicam que a Selic encerrará o ano de 2024 em 9% ao ano. Para o final de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Impactos no crédito e na economia

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que acaba refletindo nos preços. Os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. No entanto, os bancos também consideram outros fatores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, na definição das taxas cobradas dos consumidores. Isso significa que taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, é esperado que o crédito fique mais barato, estimulando a produção e o consumo. Isso reduz o controle sobre a inflação e impulsiona a atividade econômica.

Projeções para o crescimento do PIB e câmbio

As instituições financeiras mantiveram suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 1,6% neste ano. Para 2025, espera-se um aumento de 2% no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já para os anos de 2026 e 2027, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB também em 2%.

No terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira apresentou um crescimento de 0,1% em comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado entre janeiro e setembro, a alta foi de 3,2%.

Com esse resultado, o PIB atingiu novamente o maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível anterior à pandemia, registrado nos últimos três meses de 2019. Os dados referentes ao quarto trimestre de 2023, consolidando o ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

Em relação ao câmbio, a previsão é que a cotação do dólar encerre este ano em R$ 4,92. Já para o final de 2025, espera-se que a moeda americana fique em R$ 5.

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