No despacho da 10a fase da Operação Zelotes, o MPF acusa o economista Roberto Giannetti da Fonseca de participar do “esquema ilícito”, funcionando como “ligação” da empresa Paranapanema com advogados e consultores investigados pela atuação no Carf.

Segundo os investigadores, o grupo especializado em fraudar julgamentos no Carf com pagamento de propina a conselheiros, atuou em benefício da Paranapanema, que queria anular um débito tributário de R$ 275 milhões.

“Embora a Paranapanema fosse regularmente representada pelo advogado Adilson Rodrigues Pires, tal empresa também celebrou contrato com a Kaduna Brasilis Consultoria (de Giannetti)”, diz o MPF.

A Kaduna, por sua vez, subcontratou o escritório de advocacia Rodrigues e Advogados, do ex-presidente do Carf Edison Rodrigues, e a Green Century Consultoria, de Vladimir Spíndola, advogado que atuava no Carf.

Segundo o MPF, trata-se do mesmo ‘modus operandi’ de outros casos já investigados pela Zelotes. O juiz Vallisney de Oliveira autorizou a quebra de sigilo fiscal, bancário, telemático e telefônico dos investigados e suas empresas.