Alexandre Padilha ‘pede arrego’ a líderes do Centrão
O ministro de Relações Institucionais disparou uma série de telefonemas para líderes do Centrão para tentar se manter no cargo
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disparou uma série de telefonemas para líderes do Centrão ao longo desta semana para tentar se manter no cargo.
Desde o final do ano, Padilha está sob artilharia pesada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Lira pressiona o Palácio do Planalto a demitir o ministro como forma de tentar arrefecer o ânimo de alguns parlamentares que tem se sentido traídos pelo auxiliar presidencial.
Nas ligações aos líderes do Centrão, Padilha afirmou que vai cumprir acordos com os deputados – principalmente pagamento de emendas – e que não vai se intrometer em assuntos tipicamente do Poder Legislativo. Conforme apurou O Antagonista, o ministro procurou integrantes de partidos como PSD, União Brasil, PP, Republicanos e até mesmo o PL de Jair Bolsonaro.
Pressões
Como mostramos na semana passada, integrantes do Centrão na Câmara intensificaram, no início deste ano, as pressões para a exoneração do ministro de Relações Institucionais. Deputados de partidos como MDB, PSD, PP e União Brasil tem demonstrado, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), insatisfação com a articulação política comandada pelo deputado federal licenciado.
Dessa vez, os deputados se queixam de vários sinais trocados emitidos por Alexandre Padilha. O principal deles: o ministro, aos poucos, vem se notabilizando como um homem que promete, mas não cumpre acordos. Principalmente em relação ao pagamento de emendas parlamentares.
É justamente esse jogo que Padilha tenta virar agora com esse corpo-a-corpo parlamentar.
O episódio mais recente deste desconforto entre Padilha e deputados diz respeito ao veto do presidente Lula ao repasse de 5,6 bilhões de reais em emendas parlamentares de comissões permanentes. Padilha afirmou aos deputados que o governo não se comprometeu com o aumento destas emendas; os parlamentares, do outro lado, dizem que o Planalto sabia desse movimento e que o governo Lula tenta jogar para o Congresso a responsabilidade pelos ajustes no Orçamento de 2024.
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