Lula avisa a Lira: Padilha fica
Presidente da República enviou recados a Lula de que Padilha ficará no cargo, mas Rui Costa deve receber novas atribuições
O presidente Lula tem dado um claro recado a aliados e ao presidente da Câmara dos Deputados: o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, vai continuar no cargo. No máximo, o Palácio do Planalto vai entregar parte das atribuições de Padilha ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Como mostramos na semana passada, integrantes do Centrão na Câmara intensificaram, no início deste ano, as pressões para a exoneração do ministro de Relações Institucionais. Deputados de partidos como MDB, PSD, PP e União Brasil tem demonstrado, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), insatisfação com a articulação política comandada pelo deputado federal licenciado.
No Palácio do Planalto, no entanto, Padilha tratava o assunto como uma nova tentativa de o Centrão emplacar um integrante do grupo na Esplanada dos Ministérios. Em conversas reservadas com o presidente da Câmara, parlamentares defendem que o deputado José Guimarães (PT-CE) assuma a pasta.
Lula bancou Padilha. Mais uma vez
Nesta queda de braço, Lula bancou Padilha mais uma vez.
Desde o final do ano passado, os deputados se queixam de vários sinais trocados emitidos por Padilha. O principal deles: o ministro, aos poucos, vem se notabilizando como um homem que promete, mas não cumpre acordos. Principalmente em relação ao pagamento de emendas parlamentares.
O episódio mais recente deste desconforto diz respeito ao veto do presidente Lula ao repasse de 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissões permanentes. Padilha afirmou aos deputados que o governo não se comprometeu com o aumento destas emendas; os parlamentares, do outro lado, dizem que o Planalto sabia desse movimento e que o governo Lula tenta jogar para o Congresso a responsabilidade pelos ajustes no Orçamento de 2024.
Qual foi a solução do Planalto?
Agora, a solução encontrada pelo Palácio do Planalto foi empoderar o ministro-chefe da Casa Civil. A ideia do governo é que Rui Costa tenha uma interlocução mais intensa com a Câmara – principal ponto de dissonância entre Planalto e Poder Legislativo.
No entanto, o Planalto terá mais um problema. Rui Costa é considerado um inábil articulador político.
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