Em uma manobra de repeito à soberania digital e segurança cibernética, os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções contra seis oficiais da poderosa Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC). A medida contrapõe as ações cibenéticas que supostamente têm como alvo estruturas de água no território norte-americano.

Militares envolvidos

Os indivíduos sancionados fazem parte do Comando Cibernético-Eletrônico da IRGC (IRGC-CEC). Nomes incluem Hamid Reza Lashgarian, líder da organização cibernética, e um comandante da Força IRGC-Quds, que atua em operações ultramarinas. Os EUA responsabilizam este grupo específico por diversos ataques ocorridos no Oriente Médio.

Críticas ao Irã

Há fortes críticas aos contínuos ciberataques iranianos, sendo classificados como “atos inconcebíveis e perigosos” pelo subsecretário do Tesouro dos EUA para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson. Ele ainda ressalta que o país não tolerará tais ações e utilizará todos os recursos e autoridades ao seu alcance para responsabilizar os invasores.

Sistemas de água em risco

Desenvolvidos para fornecer água potável à população, os sistemas de água americanos são considerados como alvos ricos, mas com pouca proteção cibernética. Em uma situação teórica, esses ciberataques poderiam inclusive afetar a potabilidade da água, apresentando riscos à vida humana.

Ações da IRGC

Foi observada alguma atividade perturbadora no fim do ano passado. Um grupo associado à IRGC, chamado ‘Cyber Av3ngers’, mirou a Autoridade de Água Municipal de Aliquippa, na Pensilvânia, bem como outros sistemas de água. O fato de essas instalações utilizarem tecnologia da israelense Unitronics acabou por torná-las alvos inconscientes.

Hoje, é visível que os ataques cibernéticos foram apenas o início, expondo a vulnerabilidade dos sistemas de água norte-americanos. Isso levantou preocupações de autoridades federais sobre o potencial de aumento dessas investidas no futuro.