Os houthis, revolucionários que, nos últimos anos, minaram as tentativas de algumas das forças militares mais poderosas do mundo, continuam a disparar mísseis contra o que entendem ser navios ligados aos EUA, Reino Unido ou Israel. A consequência imediata é a perturbação do comércio global, à medida que os navios são forçados a desviar-se milhares de quilômetros.

Quem são os houthis e como se tornaram tão poderosos?

O grupo houthi é uma minoria de iemenitas originária do noroeste montanhoso do país. Eles adotaram esse nome do fundador do movimento, Hussein Al-Houthi. Seguindo uma série de guerras contra o ex-presidente Saleh, os houthis marcharam até a capital, Sana’a, e apoderaram-se do poder em 2014. Isolados, mas teimosos, os houthis continuaram a resistir a uma massiva campanha aérea liderada pelos sauditas para os destituir.

Houthis atingem embarcações no Mar Vermelho

Desde meados de novembro de 2023, os houthis têm usado seu arsenal substancial de mísseis e drones para atingir navios que passam perto do estreito e estratégico ponto de epestrangulamento de Bab Al-Mandeb.

O que diferencia os houthis da restante população do Iémen?

Embora os houthis representem apenas cerca de 15% dos iemenitas, eles consideram-se os legítimos governantes. Eles são notoriamente mais guerreiros, violentos e cruéis, o que tem resultado numa disposição para empregar franco-atiradores e matar civis não combatentes por diversão.

É possível que os Huthis vençam uma “eleição livre e justa?”

Embora a nação iemenita esteja dividida, a resistência contra os houthis persiste em bolsões do nordeste do Iémen, Ma’rib, Tai’izz e os governadores do sul. Devido a essa resistência, parece pouco provável que os houthis conseguissem emergir vitoriosos em uma “eleição livre e justa”.

Como isso termina?

É improvável que termine com os Huthis capitulando. No entanto, eles podem aproveitar a oportunidade para declarar vitória, alegando terem atingido seus objetivos. A situação no Mar Vermelho sul é, portanto, um impasse. Enquanto o iraniano continuar a fornecer aos houthis munições para lançar contra navios, o Mar Vermelho e o Golfo de Aden adjacente permanecerão uma parte perigosa do mundo em um futuro previsível.