Governo Lula aborta decolagem do Voa Brasil
Segundo a assessoria do Ministério de Portos e Aeroportos, a mudança ocorre devido a problemas de agenda de Lula
Azedou. Previsto para ser lançado em 5 de fevereiro, o Voa Brasil, programa que pretende baratear o preço das passagens aéreas, ficou para depois do Carnaval.
Segundo a assessoria do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a mudança ocorre devido a problemas de agenda do presidente Lula.
Nos bastidores, o governo federal e o setor de aviação procuram alterações nas condições de preço do querosene de aviação (QAV) a fim de baratear os custos das operações com o intuito de refletir nas passagens aéreas.
Ajuda
O governo previa para a quinta-feira, 1º, uma reunião com a Petrobras e as companhias aéreas para tratar de possíveis mudanças nas condições do preço do querosene de aviação, mas o encontro foi cancelado.
Nos bastidores, é discutida uma ajuda que beira 5,5 bilhões de reais para as companhias aéreas.
O Ministério da Fazenda estuda usar o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), abastecido por outorgas pagas pelos aeroportos privatizados, como garantia de empréstimos a serem concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A informação foi confirmada por técnicos da pasta a O Antagonista no fim da manhã desta quinta-feira.
Para isso, o Palácio do Planalto terá que editar uma medida provisória (MP) para permitir legalmente que o fundo seja usado.
O governo ainda analisa uma forma de reduzir o valor do querosene da aviação (QAV) e outros custos de operação.
Voa Brasil
A principal estratégia do governo até o momento tem sido o programa Voa Brasil. O programa será anunciado pelo presidente Lula no dia 5 de fevereiro.
A ideia é estipular o preço de 200 reias para tíquetes a grupos específicos, como estudantes e aposentados.
O programa vai oferecer passagens aéreas com o valor especial para quem não tenha viajado nos 12 últimos meses.
Alta nos preços
Em 2023, os preços da passagem aérea registraram aumentou de 48,11% no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a inflação.
É a maior alta dos bilhetes para um ano fechado desde 2011 –ou seja, em 12 anos.
O presidente Lula tem cobrado desde o início do terceiro mandato medidas para baratear o preço das passagens.
E dezembro passado, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, junto das maiores companhias aéreas do país, as primeiras medidas para redução dos preços, focado em maior volume de promoções.
As companhias aéreas reclamam dos altos custos de operação no país, que envolvem, por exemplo, despesas com querosene de aviação e juros.
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