Fora da disputa em SP, Salles aponta “jogo de cena” do PL
Deputado federal explica por que deixou a corrida municipal e diz que Valdemar Costa Neto já escolheu o candidato do partido para disputar a presidência da Câmara: "Cartas marcadas"
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP, foto) deixou a corrida pela Prefeitura de São Paulo na quarta-feira, 31. Nesta quinta, ele explicou os motivos em entrevista ao Meio-Dia em Brasília (assista à íntegra abaixo).
“Pressões das mais variadas fizeram com que o presidente Bolsonaro acabasse concordando com a tese de que um candidato de direita em São Paulo como cabeça de chapa teria menos chance e, consequentemente, aceitar indicar o vice para compor a chapa do Ricardo Nunes”, disse Salles, em referência ao apoio do PL à reeleição do prefeito de São Paulo.
O deputado elogiou a opção de Jair Bolsonaro por Ricardo Mello Araújo, ex-chefe da Rota, para compor chapa com Nunes, mas disse que ela determinou sua saída da corrida. “Não iria concorrer com o Bolsonaro”, resumiu o deputado.
“Eu tinha muita vontade de concorrer à Prefeitura de São Paulo justamente por entender que a direita, os eleitores do Bolsonaro, que votaram no 22 em 2022, que fizeram a maior bancada de deputados na Câmara dos Deputados, mas também na Câmara Legislativa de São Paulo, mereciam ter um candidato que efetivamente representasse a direita e a visão conservadora do política”, disse Salles, acrescentando que essa pessoa não é Nunes.
“DNAs diferentes”
Questionado sobre mágoas em relação ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que atuou contra sua candidatura, Salles disse que os dois têm “DNAs diferentes”. “É água e óleo, não se mistura”, comparou, chamando o grupo de Valdemar de “maquinistas”, que gostam de “máquina” e se opõem aos “ideológicos”, que seriam os conservadores de verdade.
“Não adianta o Valdemar dizer que o PL é o maior partido de direita do Brasil e um monte de deputado federal do PL vota com o governo, tem cargo no governo Lula”, reclamou Salles, destacando as conversas de membros do PL com políticos de esquerda para as eleições municipais deste ano.
Eleição da Câmara
Quando questionado sobre o processo seletivo cogitado pelo PL para apontar um candidato para a presidência da Câmara do Deputados, Salles foi taxativo: “Isso é tudo jogo de cena”.
Segundo ele, Valdemar já decidiu que o candidato vai ser Altineu Côrtes (RJ). “É jogo de cartas marcadas, o Valdemar já decidiu que vai colocar o Altineu, que é ótima pessoa, mas é um cara 100% do Valdemar e não tem espaço para outras ideias”, comentou.
Assista à íntegra da entrevista:
Fora da disputa em SP, Salles aponta “jogo de cena” do PL
Deputado federal explica por que deixou a corrida municipal e diz que Valdemar Costa Neto já escolheu o candidato do partido para disputar a presidência da Câmara: "Cartas marcadas"
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP, foto) deixou a corrida pela Prefeitura de São Paulo na quarta-feira, 31. Nesta quinta, ele explicou os motivos em entrevista ao Meio-Dia em Brasília (assista à íntegra abaixo).
“Pressões das mais variadas fizeram com que o presidente Bolsonaro acabasse concordando com a tese de que um candidato de direita em São Paulo como cabeça de chapa teria menos chance e, consequentemente, aceitar indicar o vice para compor a chapa do Ricardo Nunes”, disse Salles, em referência ao apoio do PL à reeleição do prefeito de São Paulo.
O deputado elogiou a opção de Jair Bolsonaro por Ricardo Mello Araújo, ex-chefe da Rota, para compor chapa com Nunes, mas disse que ela determinou sua saída da corrida. “Não iria concorrer com o Bolsonaro”, resumiu o deputado.
“Eu tinha muita vontade de concorrer à Prefeitura de São Paulo justamente por entender que a direita, os eleitores do Bolsonaro, que votaram no 22 em 2022, que fizeram a maior bancada de deputados na Câmara dos Deputados, mas também na Câmara Legislativa de São Paulo, mereciam ter um candidato que efetivamente representasse a direita e a visão conservadora do política”, disse Salles, acrescentando que essa pessoa não é Nunes.
“DNAs diferentes”
Questionado sobre mágoas em relação ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que atuou contra sua candidatura, Salles disse que os dois têm “DNAs diferentes”. “É água e óleo, não se mistura”, comparou, chamando o grupo de Valdemar de “maquinistas”, que gostam de “máquina” e se opõem aos “ideológicos”, que seriam os conservadores de verdade.
“Não adianta o Valdemar dizer que o PL é o maior partido de direita do Brasil e um monte de deputado federal do PL vota com o governo, tem cargo no governo Lula”, reclamou Salles, destacando as conversas de membros do PL com políticos de esquerda para as eleições municipais deste ano.
Eleição da Câmara
Quando questionado sobre o processo seletivo cogitado pelo PL para apontar um candidato para a presidência da Câmara do Deputados, Salles foi taxativo: “Isso é tudo jogo de cena”.
Segundo ele, Valdemar já decidiu que o candidato vai ser Altineu Côrtes (RJ). “É jogo de cartas marcadas, o Valdemar já decidiu que vai colocar o Altineu, que é ótima pessoa, mas é um cara 100% do Valdemar e não tem espaço para outras ideias”, comentou.
Assista à íntegra da entrevista: