“A geração política de 88 nunca se aposentou”
A desejada renovação política fica difícil de ser concretizada quando se percebe, diz o analista político Creomar de Souza, que os mesmos grupos e clãs continuam controlando as estruturas partidárias e de financiamento de campanha nos estados. "A geração política de 88 nunca se aposentou e segue dando...
A desejada renovação política fica difícil de ser concretizada quando se percebe, diz o analista político Creomar de Souza, que os mesmos grupos e clãs continuam controlando as estruturas partidárias e de financiamento de campanha nos estados.
“A geração política de 88 nunca se aposentou e segue dando as cartas país afora, mesmo aqueles figurões que, em tese, já se aposentaram.”
As regras eleitorais mudaram, acrescenta o professor da Universidade Católica de Brasília, claramente para favorecer quem já possui mandato.
“É o efeito da Lava Jato sobre a classe política como um todo. Muita gente tem ido para a cadeia. Então, naturalmente, os parlamentares, com medo de terem o mesmo destino, buscaram um jeito de manter seus mandatos como forma de resguardo.”
Ao mesmo tempo, ainda no entender de Souza, o cenário atual deve fazer com que os grupos que defendem a renovação política repensem sua estratégia.
“Acredito que ainda há uma certa dificuldade desses chamados movimentos cívicos em serem, de fato, ouvidos e compreendidos pelo restante da sociedade. Renovação política em processo democrático leva tempo, e exige diálogo e construção de plataformas sólidas.”
Desde ontem, O Antagonista atualiza o cenário das eleições nos estados. Veja aqui:
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