Pré-Copom: IPCA-15 de dezembro é destaque do dia
O mercado financeiro está de olho nas próximas decisões sobre juros na quarta-feira, 31, e os indicadores IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - 15) de janeiro e PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal, nos EUA) de dezembro podem influenciar o cenário...
O mercado financeiro está de olho nas próximas decisões sobre juros na quarta-feira, 31, e os indicadores IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor – 15) de janeiro e PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal, nos EUA) de dezembro podem influenciar o cenário. Se não as mudanças esperadas nas taxas, pelo menos, as expectativas sobre as trajetórias dos juros por aqui e nos Estados Unidos.
O IPCA-15, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h, tem poucas chances de alterar as expectativas para a taxa Selic nas próximas reuniões. Atualmente, o mercado aposta em pelo menos mais três cortes na taxa básica de juros, cada um de meio ponto percentual, nas reuniões de janeiro, março e maio. A expectativa é que a Selic caia para cerca de 9,5% ao ano até o final do ciclo de queda.
O consenso de mercado aponta para nova aceleração do indicador para 0,47% em janeiro, na comparação com dezembro. Caso os números se confirmem, seria a terceira leitura consecutiva com aumento sobre a anterior. No levantamento anual, no entanto, a expectativa é de desaceleração do IPCA-15 para 4,63% até janeiro deste ano, contra 4,72% nos 12 meses terminados em dezembro.
O PCE será divulgado às 10h30. A expectativa é que esse indicador não surpreenda os dirigentes do FED, o banco central dos Estados Unidos, que já sinalizaram que pretendem esperar até maio para relaxar a política monetária. A previsão é que o PCE apresente uma alta de 0,2% em relação ao mês anterior e uma alta anualizada de 2,6%. O núcleo do índice também deve acelerar, passando de 0,1% para 0,2%, com um crescimento anual de 3%.
No campo corporativo, a mineradora Vale continua enfrentando dificuldades. Na quinta-feira, a empresa sofreu um revés judicial relacionado à tragédia de Mariana, que se soma também a aparente tentativa controversa do presidente Lula de indicar Guido Mantega para o comando da empresa.
No campo das commodities, o minério de ferro opera praticamente estável, com queda de 0,01% nas negociações da primeira parte da sessão em Singapura, cotado a 135,40 dólares a tonelada. O petróleo tipo Brent é vendido com desvalorização 0,55%, em relação ao fechamento de quinta-feira, a 81,98 dólares o barril.
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