Ibovespa sofre com novas investidas do governo na Vale
A intensificação do achaque do governo Lula para colocar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, na presidência da Vale acabou por minar a recuperação do Ibovespa nesta quinta-feira, 25. A ação da mineradora encerrou o dia em queda de 2,20% e foi a principal contribuição negativa para o índice...
A intensificação do achaque do governo Lula para colocar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, na presidência da Vale acabou por minar a recuperação do Ibovespa nesta quinta-feira, 25. A ação da mineradora encerrou o dia em queda de 2,20% e foi a principal contribuição negativa para o índice.
Os papeis da Vale tentaram se segurar em campo positivo até uma mensagem do presidente Lula sobre os cinco anos do desastre em Brumadinho cobrar mais fiscalização e prevenção em projetos de mineração apontarem a resolução do petista em defender a indicação de Mantega ao cargo.
Do lado positivo, porém, a disparada do preço do barril de petróleo (+2,81%) impulsionaram a Petrobras (+3,17% PN e +4,64% ON) e seguraram o Ibovespa em terreno positivo. O principal índice acionário encerrou o dia em leve alta de 0,28%, aos 128,1 mil pontos.
Os mercados de câmbio e juros domésticos no Brasil foram impactados pelos dados econômicos divulgados nos Estados Unidos. Mesmo com o PIB (Produto Interno Bruto) do 4º trimestre acima das expectativas, o índice de preço o menor que o esperado e os pedidos de seguro-desemprego acima das estimativas e ajudaram as taxas americanas a cederem.
A movimentação fez com que as taxas do DI caíssem cerca de 10 pontos no miolo da curva. Além disso, as apostas em um corte de 0,50 ponto percentual para as três próximas reuniões do Copom se mantiveram. O real também teve um desempenho positivo em relação às principais moedas.
O dólar encerrou o dia em queda de 0,33%, cotado a 4,92 reais. Com essa performance, a moeda brasileira foi o principal destaque de ganhos contra a divisa americana entre as emergentes.
Nesta sexta-feira, os investidores devem se concentra na divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) como referencial para as próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Por enquanto, o mercado precifica na curva futura de juros uma taxa Selic entre 9,25% e 9,5% ao ano no fim do ciclo de cortes.
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