Convite de Lewandowski a diretor da PF indica satisfação política?
O convite do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao atual diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para permanecer no cargo é um claro indicativo de que o ex-ministro do STF vai dar aval às recentes ações comandadas pelo órgão após os atos de 8 de janeiro...
O convite do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao atual diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues (foto), para permanecer no cargo é um claro indicativo de que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) vai dar aval às recentes ações comandadas pelo órgão após os atos de 8 de janeiro.
Mas Andrei também teve outro aval importante para permanecer no cargo: o do presidente Lula. Nas conversas que ele teve com Lewandowski sobre a montagem de seu time, Lula deixou claro que seu apreço pelo trabalho executado por Andrei ao longo de 2023 e no início de 2024. Foi justamente com esse empurrãozinho presidencial que Andrei carimbou sua permanência na PF.
Desde os atos de 8 de janeiro, a PF intensificou suas ações mirando adversários do governo Lula. Nesta quinta-feira, 25, o alvo foi o ex-diretor-geral da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); na semana passada, o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), recebeu a visita dos policiais federais. Ambos são pré-candidatos a prefeito. Jordy em Niterói; Ramagem, no Rio de Janeiro.
Quem foi bisbilhotado pela PF em 2023?
A PF também já bisbilhotou – sob a justificativa de se investigar possíveis incentivadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro – outros aliados do ex-presidente da República como Leonardo Rodrigues de Jesus (o Léo Índio), o coronel da PM-DF Jorge Eduardo Naime Barreto, o major da PM-DF Flávio Silvestre de Alencar, o tenente da PM-DF Rafael Pereira Martins, o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO), entre outros.
Em outras linhas de investigação, a PF também já bateu à porta do tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – entre outras pessoas.
Do outro lado, nenhum petista foi incomodado. E as ações de combate à corrupção foram escanteadas nesse período.
A ajuda para Andrei Rodrigues ficar no cargo
Com uma lista dessas, dificilmente Andrei não ficaria no cargo. A sua manutenção dá esse indicativo claro: de que a PF continuará mirando em adversários do ex-presidente da República ou mesmo no próprio Jair Bolsonaro. Não será de se surpreender que, nos próximos meses, homens da PF realizem operações contra o senador Flávio Bolsonaro, contra o deputado Eduardo Bolsonaro, contra o vereador Carlos Bolsonaro ou contra o ex-presidente da República.
Na verdade, integrantes da PF já esperam por isso. A questão não será se, mas quando…
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