Na Vila do Índio, em Belo Horizonte, a casa de uma idosa acamada foi completamente invadida por enchente, causando grande desespero entre parentes e vizinhos. Uma rápida ação comunitária foi realizada para colocar almofadas debaixo do colchão, com o objetivo de elevar a mulher e evitar que a mesma chegasse a se molhar.

Ação rápida evitou maiores problemas

“Foi muito desesperador, porque a chuva foi muito rápida. Quando a gente assustou, a casa já estava toda cheia de água. Só quem passa que sabe, né, porque, assim, você não tem para onde correr”, lamentou Célia Pereira, nora da idosa identificada como Dona Isabel. A casa da idosa ficou extremamente alagada, colocando a moradora e os que a socorreram em uma situação bastante crítica.

Familiares e conhecidos, contudo, fizeram um mutirão de limpeza no imóvel, retirando a lama e a sujeira trazida pela inundação. A ação rápida e solidária evitou que fossem causados maiores danos a saúde da idosa e ao patrimônio da família.

Protesto na Vila do Índio e resposta da prefeitura

Os moradores da Vila do Índio, sensibilizados e revoltados com a situação, protestaram nesta quarta-feira (24), bloqueando parte da Avenida Várzea da Palma. Reivindicam ações da Prefeitura de Belo Horizonte para o realojamento de famílias em área de risco e obras de saneamento básico, visando evitar novas enchentes na localidade.

A prefeitura, por sua vez, informou que entregou 91 cestas básicas, 158 colchões e 158 cobertores na Vila do Índio, após a inundação. Além disso, foram realizadas vistorias pelas equipes da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), afim de avaliar riscos geológicos no local. De acordo com a prefeitura, porém, não houve necessidade de remoção de famílias ou de interdição de imóveis.

“A Prefeitura de Horizonte vai analisar uma proposta para remoção gradativa das famílias que residem em locais próximos ao córrego do Várzea da Palma, região da Vila do Índio, baseada na experiência do Parque Ciliar Comunitário do Onça. As propostas, assim que concluídas, serão discutidas previamente com a comunidade”, informou o órgão em comunicado oficial.